terça-feira, 2 de julho de 2013

Palestra propõe alternativas para questão do lixo e incentivos para os cidadãos - VITÓRIA


Leane Barros
Palestrante explicando gráfico
Cônsules falaram sobre novas tecnologias na área de gestão de resíduos sólidos durante palestra na Prefeitura
Uma troca de experiências sobre tecnologias na área de gestão de resíduos sólidos e novas formas de realizar a logística de coleta e destinação de lixo nas cidades. Essa foi a base da palestra "Gestão de Resíduos Sólidos", que aconteceu nesta terça-feira (2), no auditório da Prefeitura de Vitória.
O evento contou com a presença do coordenador da NL Agency (entidade responsável pelo processamento de lixo nos Países Baixos), Herman Huisman; do cônsul geral adjunto do Reino dos Países Baixos no Rio de Janeiro, Arie Plieger; do cônsul honorário da Holanda em Vitória, Andreas Schilt, e do secretário de Serviços de Vitória, Alex Mariano.
Herman Huisman contou que a Holanda começou a pensar em soluções diferentes para o problema do lixo em 1975. O país recicla 80% do seu lixo, sendo que 17% dos resíduos são usados para produção de energia. Apenas 3% dos resíduos são destinados aos aterros sanitários. "Nós começamos há algum tempo. E Vitória está no caminho certo. Discutir o tema é o marco inicial do processo".
Na Holanda, a reciclagem veio para auxiliar a criar recursos naturais em uma região com escassez de recursos. São várias as políticas para envolvimento da população na diminuição de produção de lixo: câmeras vigiam se a separação do lixo seco do úmido é feita; o sistema de reciclagem é competitivo; os cidadãos possuem incentivos financeiros para entregar os resíduos recicláveis aos municípios; há incentivos fiscais (o imposto muda de acordo com a quantidade de lixo que se produz); além de existir, como no Brasil, a logística reversa, na qual o produtor precisa dar o destino correto aos produtos que faz.
Leane Barros
Palestrante explicando gráfico
Palestrantes debateram a importância de conscientizar a população sobre a questão do lixo
No país europeu, até as fezes de animais são aproveitadas. "Nós usamos as fezes para produzir adubo e também fertilizantes", contou Herman.
Herman ainda acrescentou que o segredo é diminuir a geração de resíduos, trocar padrões de consumo e de produção e propor incentivos a quem ajuda nessa questão. "A questão da reciclagem muda de país para país. É preciso pensar nas condições de cada lugar e criar um sistema estável com responsabilidade social e conscientização da população", explicou Herman.
"Temos um desafio pela frente. Discutir a questão do lixo na cidade é de extrema importância. A experiência dada pela Holanda é imprescindível para encontrarmos novos caminhos. E continuaremos o debate com a Universidade Federal do Espírito Santo e a sociedade em geral. Juntos, construiremos uma cidade melhor", declarou o secretário de Serviços, Alex Mariano.
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