terça-feira, 30 de julho de 2013

Índice aponta Vitória entre principais cidades para estudar, trabalhar e viver

Carlos Antolini

Vista da Praça dos Namorados
Belezas naturais fazem de Vitória a quarta melhor cidade do país em qualidade de vida
Yuri Barichivich
Atividades de Verão do Centro de Referência do Idoso
Vida longa e saudável é um dos quesitos avaliados positivamente pelo Pnud na capital
Lugar de belas paisagens e boa localização, Vitória é a segunda capital e o quarto município no país com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), de acordo com o levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Os dados têm por base o ano de 2010, com referência ao Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) naquele ano. O IDHM de Vitória foi de 0,845. O índice vai de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, melhor. A compilação dos dados levou três anos.
O trabalho tem como título "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil em 2013". A boa colocação da capital capixaba considerou, na ordem: renda (0,876), longevidade (0,855) e educação (0,805). A vizinha Vila Velha ficou na 40ª posição. Entre as capitais, Vitória ficou atrás apenas de Florianópolis (SC), que ficou com 0,847.
O IDHM mede o nível de desenvolvimento humano de determinada região. Das 5.565 cidades avaliadas no estudo, somente 44, ou menos de 1%, apresentaram índice muito altos de desenvolvimento humano como Vitória. Considerando a classificação nacional, na primeira colocação ficou São Caetano do Sul (SP), seguido por Águas de São Pedro (SP) e Florianópolis. Vitória está logo a seguir, em quarto.
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende, comemorou o resultado. "O resultado é muito positivo e nos alegra, pois se refere à cidade que amamos e que cuidamos com muito carinho. Esse resultado é muito importante para nós, principalmente no que se refere ao turismo, pois muitas pessoas querem conhecer esses lugares com bons indicadores. Temos a responsabilidade de manter esses índices e, se possível, avançar. Estou muito feliz com o índice da educação. Vamos aumentar o número de vagas na educação infantil e isso, com certeza, aumentará o índice de desenvolvimento humano".
O prefeito ainda citou o programa Vitória Alfabetizada, que prevê a erradicação de analfabetos adultos na capital. "É inadmissível que no século XXI, da internet, da inovação tecnológica, tenhamos na cidade irmãos e irmãs nossos entre 15 e 59 anos, cerca de quatro mil pessoas, que não sabem ler e escrever, totalmente excluídas da vida em sociedade, em cidadania, porque a premissa básica da cidadania é saber ler e escrever para que você possa se comunicar, ter noções de seus direitos e deveres", disse.
No entanto, o prefeito ressaltou que os dados podem avançar ainda mais. "O nível de exigência da população é crescente. Cada vez que você atinge uma meta, você busca outra. Nós estamos muito bem posicionados, no topo da lista, em relação à realidade brasileira, que tem grandes deficiências na prestação do serviço público. Por isso, não podemos nos limitar a achar que está bom. É um dado para se comemorar, todos nós estamos muito felizes e estamos orgulhosos da cidade, mas isso é um sinal para se trabalhar mais", alertou.

Metodologia

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mudou a metodologia do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) 2013 em relação às duas edições anteriores, divulgadas em 1998 e 2003. Segundo o órgão da ONU, o indicador "educação" se tornou mais rigoroso ao exigir mais escolaridade para que um município tenha IDH maior.
O IDH tem o objetivo de servir como referência para o nível de desenvolvimento humano de determinada região. O IDHM é elaborado pelo Pnud em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e com a Fundação João Pinheiro. É um índice composto por importantes áreas do desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
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