Na tarde do sábado, 22 de fevereiro de 2014, fui até a casa de minha mãe Maria Evangelina Mansur, caminho para os seus 90 anos. Lá estava ela numa das suas múltiplas ocupações, fazendo o seu crochê, uma tolha redonda que a primeira vista com um metro de diâmetro, com milhares de pontos. Um exercício de paciência e maestria.
Sentei ao seu lado e perguntei:
-Quanto tempo a Senhora vai demorar para terminar de fazer esta toalha?
- Depende, pode durar um mês, dois meses, ou mesmo um tempo muito maior. Você sabe que faço muita coisa, tem o tricô, os panos de prato, a cozinha da casa e ...
Eu sei bem a sua dinâmica de vida, sempre arruma um tempo para mais alguma coisa a realizar. Tem a sua comunidade religiosa, Igreja Presbiteriana do Ibes, onde ela sempre está presente e atuando. Tem tempo para receber os seus filhos e filhas, éramos 10, agora somos 8. Já os seus netos, netas e bisnetos e bisnetas, eu não sei qual o número exato, deve ser... eu realmente não sei.
A conversa ia seguindo e ela tira de uma bolsa uma toalha já pronta, igualzinha a que está terminando. Logo em seguida me mostra uma revista de onde ela tirou o modelo:
-Fui lendo as orientações e fui fazendo. Agora estou fazendo outra igual.
Depois desta conversa toda tenho que mostrar o trabalho, aliás, um dos trabalhos de minha mãe.
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