Diego Alves
Os idosos de todos os grupos e Centros de Convivência para Terceira Idade de Vitória (CCTI) vão mostrar nesta quarta-feira (26) que alegria, descontração e folia não têm idade. Eles irão levar para as ruas da capital, pela primeira vez, o bloco carnavalesco "Véia é a Mãe".
A concentração do bloco será em frente ao quiosque do Serviço de Orientação ao Exercício (SOE) na praia de Camburi, a partir das 16 horas. Os foliões caminharão pelo calçadão e pela orla até o píer de Iemanjá. Para animar a festa, a bateria da escola de samba Mocidade Unida da Glória (MUG) e a Família Real do Carnaval de Vitória irão se apresentar.
O bloco, que nasceu da animação dos idosos do CCTI de Jardim Camburi, tem como objetivo promover maior interação entre os idosos com suas famílias e comunidades. "A expectativa é grande, pois, desde o ano passado, eles querem sair de um Carnaval de salão para um Carnaval de rua", afirma a coordenadora do CCTI de Jardim Camburi, Edna Salgado.
A coordenadora dos Serviços de Convivência para Pessoa Idosa, Famíglia Braga, espera a participação de 400 idosos no evento. "Houve um grande envolvimento dos nossos usuários na criação desse bloco. Escolheram o nome, confeccionaram os abadás, até criaram marchinhas que serão apresentadas por uma banda formada por idosos" , explica Famíglia.
Jovens do Centro de Referência da Juventude (CRJ) e moradores da Casa Lar também já providenciaram seus abadás e vão desfilar no bloco.
Véia é a Mãe
Diego Alves
Idosos querem mostrar que não existe uma idade certa para curtir a folia
O nome do bloco foi escolhido por votação no CCTI de Jardim Camburi em 2013. A ideia era mostrar que a terceira idade hoje em dia é bem diferente das gerações anteriores.
"O nome do bloco foi uma forma divertida de dizer que uma coisa é ser idoso, outra bem diferente é ser velho. Aquela imagem do idoso passando o dia inteiro sentado em frente à TV, fazendo crochê, jogando damas, não os representa mais. Essa geração é muito ativa, à procura de novidades. É um idoso com a mente jovem", explica a coordenadora do CCTI de Jardim Camburi, Edna Salgado.
Clarice Ferreira Rodrigues, 69 anos, disse que adorou o nome do bloco, principalmente porque brinca assim com sua neta de 7 anos. "Quando ela diz que eu sou velha, eu brinco dizendo 'velha é a sua avó'", diverte-se. Ela afirma que chamou toda a sua família para participar também e vê no evento uma forma de sair do marasmo. "Ficar em casa, em frente à TV, sem interagir com ninguém, é muito ruim. Bom é sair e fazer amigos", declara.
Alda Cordeiro Ramos, 68 anos, também não vê a hora de colocar o "Véia é a Mãe" na rua. "O nosso bloco vai mostrar que os idosos gostam de se divertir, de ver coisas bonitas e de ficar com os amigos".
Com edição de Matheus Thebaldi
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