segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Em Vitória cursos profissionalizantes de Carnaval levam qualificação às escolas de samba

Elizabeth Nader

Aderecistas da Piedade trabalham na finalização de fantasias do carnaval
Aderecistas da Unidos da Piedade trabalham na finalização das fantasias
Elizabeth Nader
Aderecistas da Piedade trabalham na finalização de fantasias do carnaval
Profissionais foram capacitados por curso de aderecista oferecido no Sambão do Povo
Mais do que uma festa ou um desfile de escolas de samba de comunidades, o Carnaval de Vitória se configura como um negócio que envolve esforço, dedicação e trabalho com geração de renda ao longo do ano, tudo para que a beleza das agremiações tenha o destaque aguardado no evento.
Leilson Gabriel, 35 anos, o "Índio", integra o grupo que participa do curso de aderecista oferecido pela Agência de Treinamento Municipal (ATM) - uma parceria da Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Renda (Semttre) com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) - no Sambão do Povo, cujas fantasias serão usadas pela escola Unidos da Piedade, que desfilará no dia 22. Ele disse que tem a arte como vocação e a oportunidade de apurar sua técnica ao longo do curso serve para valorizar seu trabalho.
Para Leilson, o desfile das escolas de samba de Vitória é um grande espetáculo e o brilho das fantasias e alegorias deve ser intenso, o que só é possível com técnica. As fantasias, de acordo com o artista, cada vez estão melhor confeccionadas, com corte mais preciso e maior exigência. "O curso nos oferece a segurança de que precisamos", reforça.
Durante as aulas, ele trabalhou na ala "Lendas e Assombrações". O artista também auxiliou na confecção da fantasia usada pela miss Espírito Santo. "Tenho noção, gosto do que faço, mas faltava uma instrução maior, o que conseguimos neste curso. Assim, fico mais motivado para me aprimorar e não devo parar", comemorou.
O Carnaval de Vitória 2014 vai acontecer entre os dias 20 e 22 de fevereiro.

Orientação

Há mais de 20 anos envolvida com Carnaval, Rosângela Lopes, 35, também participa do curso visando oferecer um trabalho melhor. Ela disse ter aprendido na prática muito de seu ofício, mas faltava a orientação técnica. "Apesar de tanto tempo envolvida nesse mundo, precisava avançar, ter um curso desse em meu currículo, me valorizar e fazer melhor", contou.
Ilza Neves, que também está matriculada no curso de aderecista, busca renda extra e reconhecimento. Ela observa que um carnaval de sucesso somente pode ser construído com mão de obra qualificada e troca de informação com profissionais. "Sei o quanto posso avançar com ajuda profissional e adequando as técnicas e minha experiência de barracão e passarela", destaca Neves.

Profissão

Veili Esquiel, 30, morador de Santo Antônio, disse que nunca trabalhou com Carnaval, apesar de admirar o evento. "Sei do tamanho do evento e buscava um ofício para poder exercer mesmo depois da festa. Vou trabalhar na área de moda e costura e este curso tem me ajudado bastante", planeja.
Segundo o bailarino, carnavalesco e professor Paulo Rabelo Balbino, que há 16 anos participa de carnavais pelo país e que coordenou o curso, foi grande a surpresa provocada pela vontade de aprender dos alunos. "Emocionei-me, pois são técnicas apuradas, que exigem talento e persistência", confessou Paulo, que tem experiência de muitos anos no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Elizabeth Nader
Aderecista Rosangela Lopes da Piedade trabalham na finalização de fantasias do carnaval
Rosângela Lopes participa do curso visando oferecer um trabalho melhor
Elizabeth Nader
Aderecistas da Piedade trabalham na finalização de fantasias do carnaval
Alunos aprendem técnicas para deixar as fantasias ainda mais luxuosas

Vocação

Segundo Paulo, as fantasias foram feitas com carinho, em conjunto, e mostram o talento dos alunos, alguns sem nunca terem visto uma fantasia de perto. Ele explicou que os cursos também despertam vocações adormecidas e o melhor de cada um. "Quem é caprichoso por natureza terá seu talento destacado, assim como outras qualidades úteis ao trabalho", observou.
Para Paulo, a carência de mão de obra para o Carnaval é grande e, em função disso, boas oportunidades são perdidas. O instrutor disse que o fato dos cursos terem uma extensa carga horária e serem práticos facilitou o aprendizado mesmo daqueles que já haviam trabalhado na área. "O Carnaval de Vitória está entre os cinco melhores do país e merece transformar-se, efetivamente, num grande negócio, atraindo, cada vez mais, a iniciativa privada e parceiros", avaliou.
O diretor social da escola de samba Unidos da Piedade, Mauro Pinto Ribeiro, que há mais de 40 anos trabalha com Carnaval, disse que são 88 funcionários atuando na confecção das fantasias e adereços.

Didática

Segundo ele, a receptividade dos alunos foi grande e o aprendizado, significativo, apesar de não terem ainda as condições ideais de trabalho. Ribeiro contou que a didática, a experiência e o empenho do instrutor foram determinantes para a assimilação do conteúdo. "Apesar da vontade, são pessoas de origens diversas, alguns muito humildes e outros bem limitados, logo, a didática, a sensibilidade e o empenho do instrutor são determinantes para aprendizagem", observou o presidente.
Para o secretário de Turismo, Trabalho e Renda de Vitória, Leonardo Krohling, a razão principal da oferta dos cursos é a profissionalização. Ele adiantou que este ano haverá oferta de novas turmas, que deverão beneficiar inúmeras comunidades. "Queremos dividir responsabilidades e buscar talentos. É a primeira de muitas outras etapas e dependemos da participação das comunidades", avalia.
Yuri Barichivich
Desfile da Formatura da Escola Técnica de Carnaval
Alunos conquistaram novas oportunidades no mercado de trabalho com os cursos profissionalizantes de Carnaval
Elizabeth Nader
Grupo de foliões a frente do carro alegórico
Cores, luxo e muito brilho vão invadir a passarela do samba entre os dias 20 e 22
Com edição de Matheus Thebaldi

Informações à imprensa:

Fabrício Faustini (fafaustini@vitoria.es.gov.br)
Tel(s).: 3382-6130 / 98889-5575

Elizabeth Nader
Aderecistas da Piedade trabalham na finalização de fantasias do carnaval
Aderecistas da Unidos da Piedade trabalham na finalização das fantasias
Elizabeth Nader
Aderecistas da Piedade trabalham na finalização de fantasias do carnaval
Profissionais foram capacitados por curso de aderecista oferecido no Sambão do Povo
Mais do que uma festa ou um desfile de escolas de samba de comunidades, o Carnaval de Vitória se configura como um negócio que envolve esforço, dedicação e trabalho com geração de renda ao longo do ano, tudo para que a beleza das agremiações tenha o destaque aguardado no evento.
Leilson Gabriel, 35 anos, o "Índio", integra o grupo que participa do curso de aderecista oferecido pela Agência de Treinamento Municipal (ATM) - uma parceria da Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Renda (Semttre) com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) - no Sambão do Povo, cujas fantasias serão usadas pela escola Unidos da Piedade, que desfilará no dia 22. Ele disse que tem a arte como vocação e a oportunidade de apurar sua técnica ao longo do curso serve para valorizar seu trabalho.
Para Leilson, o desfile das escolas de samba de Vitória é um grande espetáculo e o brilho das fantasias e alegorias deve ser intenso, o que só é possível com técnica. As fantasias, de acordo com o artista, cada vez estão melhor confeccionadas, com corte mais preciso e maior exigência. "O curso nos oferece a segurança de que precisamos", reforça.
Durante as aulas, ele trabalhou na ala "Lendas e Assombrações". O artista também auxiliou na confecção da fantasia usada pela miss Espírito Santo. "Tenho noção, gosto do que faço, mas faltava uma instrução maior, o que conseguimos neste curso. Assim, fico mais motivado para me aprimorar e não devo parar", comemorou.
O Carnaval de Vitória 2014 vai acontecer entre os dias 20 e 22 de fevereiro.

Orientação

Há mais de 20 anos envolvida com Carnaval, Rosângela Lopes, 35, também participa do curso visando oferecer um trabalho melhor. Ela disse ter aprendido na prática muito de seu ofício, mas faltava a orientação técnica. "Apesar de tanto tempo envolvida nesse mundo, precisava avançar, ter um curso desse em meu currículo, me valorizar e fazer melhor", contou.
Ilza Neves, que também está matriculada no curso de aderecista, busca renda extra e reconhecimento. Ela observa que um carnaval de sucesso somente pode ser construído com mão de obra qualificada e troca de informação com profissionais. "Sei o quanto posso avançar com ajuda profissional e adequando as técnicas e minha experiência de barracão e passarela", destaca Neves.

Profissão

Veili Esquiel, 30, morador de Santo Antônio, disse que nunca trabalhou com Carnaval, apesar de admirar o evento. "Sei do tamanho do evento e buscava um ofício para poder exercer mesmo depois da festa. Vou trabalhar na área de moda e costura e este curso tem me ajudado bastante", planeja.
Segundo o bailarino, carnavalesco e professor Paulo Rabelo Balbino, que há 16 anos participa de carnavais pelo país e que coordenou o curso, foi grande a surpresa provocada pela vontade de aprender dos alunos. "Emocionei-me, pois são técnicas apuradas, que exigem talento e persistência", confessou Paulo, que tem experiência de muitos anos no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Elizabeth Nader
Aderecista Rosangela Lopes da Piedade trabalham na finalização de fantasias do carnaval
Rosângela Lopes participa do curso visando oferecer um trabalho melhor
Elizabeth Nader
Aderecistas da Piedade trabalham na finalização de fantasias do carnaval
Alunos aprendem técnicas para deixar as fantasias ainda mais luxuosas

Vocação

Segundo Paulo, as fantasias foram feitas com carinho, em conjunto, e mostram o talento dos alunos, alguns sem nunca terem visto uma fantasia de perto. Ele explicou que os cursos também despertam vocações adormecidas e o melhor de cada um. "Quem é caprichoso por natureza terá seu talento destacado, assim como outras qualidades úteis ao trabalho", observou.
Para Paulo, a carência de mão de obra para o Carnaval é grande e, em função disso, boas oportunidades são perdidas. O instrutor disse que o fato dos cursos terem uma extensa carga horária e serem práticos facilitou o aprendizado mesmo daqueles que já haviam trabalhado na área. "O Carnaval de Vitória está entre os cinco melhores do país e merece transformar-se, efetivamente, num grande negócio, atraindo, cada vez mais, a iniciativa privada e parceiros", avaliou.
O diretor social da escola de samba Unidos da Piedade, Mauro Pinto Ribeiro, que há mais de 40 anos trabalha com Carnaval, disse que são 88 funcionários atuando na confecção das fantasias e adereços.

Didática

Segundo ele, a receptividade dos alunos foi grande e o aprendizado, significativo, apesar de não terem ainda as condições ideais de trabalho. Ribeiro contou que a didática, a experiência e o empenho do instrutor foram determinantes para a assimilação do conteúdo. "Apesar da vontade, são pessoas de origens diversas, alguns muito humildes e outros bem limitados, logo, a didática, a sensibilidade e o empenho do instrutor são determinantes para aprendizagem", observou o presidente.
Para o secretário de Turismo, Trabalho e Renda de Vitória, Leonardo Krohling, a razão principal da oferta dos cursos é a profissionalização. Ele adiantou que este ano haverá oferta de novas turmas, que deverão beneficiar inúmeras comunidades. "Queremos dividir responsabilidades e buscar talentos. É a primeira de muitas outras etapas e dependemos da participação das comunidades", avalia.
Yuri Barichivich
Desfile da Formatura da Escola Técnica de Carnaval
Alunos conquistaram novas oportunidades no mercado de trabalho com os cursos profissionalizantes de Carnaval
Elizabeth Nader
Grupo de foliões a frente do carro alegórico
Cores, luxo e muito brilho vão invadir a passarela do samba entre os dias 20 e 22
Com edição de Matheus Thebaldi

Informações à imprensa:

Fabrício Faustini (fafaustini@vitoria.es.gov.br)
Tel(s).: 3382-6130 / 98889-5575

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