sexta-feira, 8 de março de 2013

Pedro Canário está entre os finalistas do Prêmio Mulheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável



08/03/2013 - 11h00min

Divulgação

O Incaper comemora o Dia Internacional da Mulher com o resultado do Prêmio “Mulheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável”, iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal. O Grupo de Mulheres Produtoras de Polvilho e Beiju, do município de Pedro Canário, ficou entre os 30 finalistas do País e participará da cerimônia de entrega do prêmio, em Brasília, na próxima semana.

O reconhecimento da atuação do Grupo de Mulheres ocorreu devido ao esforço e dedicação de todas as suas integrantes, bem como ao acompanhamento e suporte do Incaper, por meio do Projeto de Estruturação e Fortalecimento dos Setores Produtivos da Agricultura Familiar do Norte do Espírito Santo (Tecsocial).

De acordo com a coordenadora do Projeto, Pierângeli Aoki, foram feitas oficinas de diversos temas com o grupo, como de design, embalagens e conservação de alimentos da agricultura familiar; boas práticas para manipulação de alimentos e políticas públicas e consumo sustentável. O grupo de mulheres também foi assessorado sobre formação de preço dos produtos, criação de rótulos, tabela nutricional e adequação e melhoria das embalagens.

“O resultado do prêmio demonstra que, tanto o grupo de mulheres quanto a equipe do projeto Tecsocial avançaram no que se refere à adequação das tecnologias sociais para novos mercados consumidores. As mulheres fortaleceram sua organização produtiva. A equipe do Incaper/Tecsocial demonstrou que tem conseguido atender às demandas de organização e comercialização das associações dos agricultores familiares capixabas”, afirmou Pierângeli Aoki.

Prêmio

O Prêmio “Mulheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável” tem por objetivo dar visibilidade ao trabalho das mulheres do campo e da floresta, por meio de suas organizações econômicas, no fortalecimento da sustentabilidade econômica, social e ambiental e geradoras da segurança e soberania alimentar no País. Conheça o resultado final em http://spm.gov.br/premio-mulheres-rurais-que-produzem-o-brasil-sustentavel/resultado

Grupo de Mulheres Produtoras de Polvilho e Beiju de Pedro Canário

O Grupo de Mulheres Produtoras de Polvilho e Beiju de Pedro Canário foi organizado em 1989, por 16 moradoras do Assentamento Castro Alves. Essa iniciativa foi motivada pela necessidade de aumentar a renda, melhorar a qualidade de vida e garantir a segurança alimentar e nutricional das produtoras e de suas famílias, já que seus filhos passavam fome e a mandioca era a única cultura alimentar disponível na época. Esses fatos motivaram a fabricação do polvilho e do beiju, que até hoje promovem renda alternativa para essas mulheres.

O grupo é composto por oito mulheres, apoiadas por suas famílias, que têm na produção de polvilho e beiju sua principal renda. Elas são responsáveis por toda a cadeia produtiva, pois cultivam a mandioca, produzem o polvilho e o beiju e também comercializam diretamente o produto ao consumidor final. Atualmente, cada mulher produz e comercializa, no boxe do mercado municipal de Pedro Canário, pacotes de beiju pelo preço unitário de R$ 3,00. Este volume gera uma renda mensal por família de R$ 900,00. Por mês, elas comercializam 3.100 pacotes de beiju, sendo a maioria destinada ao mercado local de Pedro Canário, ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa de Compra Direta de Alimentos (CDA), subsidiado pelo Governo do Espírito Santo. Apenas com os programas de comercialização, a renda anual de cada família é de R$ 8.000,00.

Após a criação do grupo, a vida da comunidade onde elas moram mudou muito. A primeira linha de ônibus da comunidade veio em função da solicitação junto ao poder público municipal para que as mulheres pudessem comercializar o beiju aos sábados no mercado municipal. Dessa maneira, o acesso da comunidade aos distritos próximos foi permitido e a comercialização do beiju deu visibilidade ao assentamento, que até então não tinha foco nessa produção. As primeiras casas foram construídas por meio da renda advinda da venda do beiju e, com esse dinheiro, algumas famílias conseguiram mandar seus filhos para cursos técnicos em outras cidades, o que possibilitou que alguns se formassem como técnicos agrícolas.

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