Associação de Catadores ganha sede própria
Renata Salgueiro
Será inaugurada nesta sexta-feira (06), às 9 horas, a Casa do Caranguejo, que será a sede da Associação de Catadores de Caranguejo Mato Verde (Acamave), em Carapina Grande. O projeto foi viabilizado através de uma parceria entre a Prefeitura Municipal da Serra, via Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), com a Arcelor Mittal.
A Associação tem atualmente 26 associados e, somados seus familiares, abrange 120 pessoas. Essa comunidade tradicional do município vive da cata e da comercialização do Caranguejo Uçá. A criação da associação e estruturação da sede viabilizará a compensação financeira da renda dos associados na Andada do Caranguejo, que é o período de reprodução compreendido em uma semana dos meses de janeiro a abril, e do Defeso do Caranguejo, que é a troca do casco e acontece no período de outubro a novembro. Nestes períodos, os associados permanecem sem trabalhar.
“A importância de se organizar o setor produtivo é que com isso cada empreendedor aumenta sua oportunidade de ter uma melhor renda, de agrupar outras pessoas à associação e melhorar a qualidade de vida de toda comunidade”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Everaldo Colodetti.
A Casa do Caranguejo, além de sede da Acamave, será um local de beneficiamento e comercialização do caranguejo, e de outros mariscos e peixes, possibilitando uma diversificação na oferta e um maior valor agregado aos produtos, o que elevará a renda mensal dos associados, proporcionando a valorização do trabalho dos associados e promovendo melhor condição de vida.
A estimativa de comercialização por associado é de 200 dúzias por mês, o que corresponderá a um faturamento bruto de R$ 4 mil para cada um.
Acamave
A Associação de Catadores de Caranguejo Mato Verde (Acamave) foi criada no ano de 1998, após trabalho de organização realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e pelo “Projeto Caranguejo” e executado pela Fundação Ceciliano Abel de Almeida, Ibama e prefeituras municipais com presença de manguezal em seus territórios.
Na ocasião, o “Projeto Caranguejo” tinha por objetivo contribuir para a organização dessas comunidades tradicionais no Estado, por meio da criação de associações, e ainda disponibilizar a documentação pessoal básica para os catadores e seus familiares, para que pudessem exercer efetivamente sua cidadania e lutar pelos seus direitos, promovendo melhor condição de vida a partir da “cata” do caranguejo.
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