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Prefeito de Haarlem, Bernt Schineider, abriu uma das exposições da professora Gisélle Góes
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Trabalhos da educadora estão expostos na casa do anfitrião da professora, Matusalem Camilo Figueiredo (à direita na foto ao lado)
Como se não bastasse a surpresa por ter sido convidada por duas instituições holandesas para expor os trabalhos de arte dos seus alunos na Holanda, a professora da rede municipal Gisélle Góes precisou saber lidar com a emoção ao descobrir que Bernt Schineider, prefeito da cidade em que se encontra, Haarlem, abriria sua exposição num terceiro local.
O evento aconteceu nesta quarta-feira (25), na Stem in de Stad, que em português significa "Voz da Cidade", uma organização que acolhe cidadãos de quaisquer nacionalidades em risco social. Durante o encerramento da exposição, Gisélle mais uma vez foi surpreendida. Músicos que ali estavam embalando os presentes com músicas tocadas no trompete e violão interpretaram "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso.
Gisélle chegou a Haarlem justamente na época da Semana Cultural de Música, tradicional evento da cidade, e que acontecia na praça da casa onde ela está hospedada. Sem pensar duas vezes, seu anfitrião, Matusalem Camilo Figueiredo, fez das janelas vitrines e abriu as portas de casa num vernissage que atraiu a presença de diversas pessoas, em sua maioria, artistas e empresários. Quem fez questão de conferir as telas foi Joshua Nolet, vocalista da banda Chef'Special, conjunto que faz sucesso na Holanda atualmente.
"As pessoas ficavam encantadas quando relatava que a arte transformou a perspectiva de vida dos meus alunos. Isso porque, conscientes do papel da escola no desenvolvimento da cidadania e na garantia plena dos direitos da criança e do adolescente, entendemos que é no ambiente escolar que se torna possível oferecer variados caminhos que conduzam à cultura, ao conhecimento e às relações com o outro, de modo a democratizar cada vez mais o acesso ao saber em todas as suas formas e linguagens", disse a professora.
Nova College e Stichting Meetingz
A professora Gisélle Góes está na Holanda a convite de Nova College, da capital Amsterdam, e Stichting Meetingz, da cidade de Haarlem, para expor os trabalhos dos alunos e dar workshops sobre inclusão social por meio da arte. As escolas anfitriãs são voltadas para um público que requer tratamento inclusivo com alunos estrangeiros recebidos pelo país por motivos sociais e políticos, muitas vezes exilados dos países de origem e acolhidos pelo governo holandês.
"Ter a oportunidade de exibir esse projeto será valioso, afinal nossos alunos, em sua grande maioria, vieram de uma estrutura social vulnerável e encontraram na escola meios de manifestar suas habilidades e criatividade. Alunos que se descobrem incluídos, inseridos e importantes quando se veem como artistas emoldurados e sendo apreciados", revelou Gisélle.
Fazem parte dessa história os estudantes do 7º e 8º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ceciliano Abel de Almeida, em Itararé, e a professora de Artes Gisélle Góes, que está na Holanda, a convite, para expor os trabalhos de releitura das obras do artista austríaco Gustav Klimt, feitos pelas mãos de seus alunos em mosaico de papel. O objetivo é evidenciar o potencial de Vitória no que se refere às ações sociais inclusivas na sala de aula.
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