A Unidade Municipal de Ensino Fundamental (Umef) Graciano Neves, em Paul, está desenvolvendo um projeto que vai utilizar a água da chuva como mais um instrumento para o processo de ensino-aprendizagem, além de gerar uma economia mensal nas contas de água e luz da unidade.
O projeto, desenvolvido pela Secretaria de Educação em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Vila Velha no cumprimento de uma condicionante de educação ambiental, pretende contribuir para a formação de cidadão mais crítico, consciente e participativo na sociedade.
Na sala de aula, o sistema de captação de água poderá ser estudado nas aulas de Ciências, Matemática e até na de Artes, quando os alunos poderão humanizar o ambiente onde está localizada a cisterna. Tudo de forma prática e divertida.
E não apenas alunos e professores ganham com a iniciativa. Ganha também a comunidade de Paul, que tem uma relação histórica de dificuldade com as águas da chuva. Com o projeto, a retenção de água no reservatório da escola irá reduzir o escoamento para o bairro. “A comunidade, durante muitos anos, sofreu com os períodos de chuvas e as complicações trazidas pelas águas. O projeto também é uma forma de trabalhar os benefícios da chuva com a família das crianças”, acredita a professora que coordena o projeto na escola, Tatiane Sperandio.
Economia - A estação de captação de água funciona de forma simples: a água da chuva é absorvida por calhas da quadra poliesportiva e chega ao reservatório, com capacidade de armazenamento para 20 mil litros. Do reservatório, a água descerá por gravidade em canos e será utilizada para lavar os refeitórios, pátios, a quadra, as dependências internas da escola e regar as plantas.
A unidade gasta mensalmente uma rubrica na ordem de R$ 2 mil a R$ 3 mil mensais de água e luz, e com a cisterna a economia pode chegar a 50%. A economia poderá ser revertida em benefícios para os estudantes.
Para a coordenadora do Setor de Meio Ambiente, Estágio e Extensão da Secretaria de Educação, Flavia Maciel, o projeto sustentável na escola vai estimular o uso racional da água também no ambiente familiar. “Trabalhamos o tema da sustentabilidade, conservação e reutilização dos recursos naturais e através desse projeto estamos incentivando e dando um novo significado ao uso racional da água. Esses alunos terão a oportunidade de vivenciar e levar para suas casas boas práticas sustentáveis que podem inclusive gerar economia significativa para a família”, disse.
Já segundo a coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Priscila Angonesi, o projeto visa a tornar a escola um "espaço educador sustentável". “Este é um dos desafios para conectar a temática das mudanças ambientais globais com as mudanças almejadas no currículo, na gestão e no espaço físico da escola com vistas à transição para a sustentabilidade”, avalia.
Importância - A água da chuva está disponível na maioria das regiões brasileiras, porém seu aproveitamento para consumo humano e animal só é recomendado após tratamento. Já a sua utilização na limpeza em geral e irrigação permite poupar até 50% da água potável disponível nas propriedades.
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