segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Marcha pelo fim da violência contra a mulher na Serra

A ação será realizada em 27 de novembro
Jovana Mazioli Saccani
Os moradores da Serra estão convidados a participarem da III Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, que será realizada pela Prefeitura na próxima quarta-feira (27), em Laranjeiras. A marcha, com início às 8 horas, seguirá da Avenida Central, em frente ao Cartório Antônio Maria, até o prédio onde está localizada a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (Seppom), no mesmo bairro.
Marcos RibeiroMulheres vítimas da violência podem buscar atendimento na Seppom
A ação é resultado de uma parceria da Seppom com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Serrana (Commus). O objetivo é o de sensibilizar a população para a necessidade de se mobilizar para encontrar meios de acabar com a violência contra as mulheres.
A mobilização será realizada no período conhecido como “Campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, que ocorre em 159 países.
Internacionalmente, a campanha começa no dia 25 de novembro (Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres) e termina no dia 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).
O movimento, segundo contou a secretária da Seppom, Luciana Malini, foi criado em 1991 por 23 feministas de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), localizado nos Estados Unidos da América.
Dupla discriminação
“No Brasil, a campanha também foi criada em 1991, mas tem início no dia 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra), com o objetivo de destacar a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras”, explicou a secretária.
A Serra realiza ações de mobilização pelo fim da violência contra mulher, dentro da campanha dos 16 dias de ativismo, desde 2001, quando o município também iniciou a luta pela erradicação deste tipo de violência e pela garantia dos direitos das mulheres por meio de mobilizações educativas. Além disso, a Seppom dispõe do Núcleo de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica (Pró-Vida), que atua no acolhimento dessas mulheres. 
“A campanha dos 16 dias de ativismo é uma mobilização educativa e de massa, que luta pela erradicação da violência e pela garantia dos direitos humanos das mulheres”, acredita Luciana Malini
A Seppom está convidando todos os que forem participar da marcha a vestirem camisas da cor branca ou laço branco afixado na roupa, e também nos espaços onde trabalham, nas escolas, comércio, empresas, sindicatos e igrejas, entre outros.
Laço Branco
Luciana Malini contou que a Seppom também fará uma ação em Laranjeiras, com o mesmo propósito da marcha, no dia 05 de dezembro, das 8h às 9 horas e das 16 às 17 horas. Essa ação contará com o apoio de homens engajados na “Campanha do Laço Branco”.
O laço branco é utilizado em uma campanha desde o dia 06 de dezembro de 1989. Na ocasião, um rapaz assassinou 14 mulheres porque cursavam Engenharia, em Montreal, no Canadá, depois de ter ordenado aos cerca de 48 homens que estavam no local que se retirassem da sala. Em seguida, suicidou-se. O jovem deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.

O crime mobilizou a opinião pública de todo o país e um grupo de homens decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem crimes contra as mulheres, mas também os que repudiam a atitude. Assim, elegeram o laço branco como símbolo da luta, surgindo a Campanha do Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra a mulher, cujo lema principal é: “Jamais cometer um ato de violência contra as mulheres e não fechar os olhos diante dessa violência”.



CRÉDITOS: Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres | 25/11/2013

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