quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Saúde intensifica prevenção à coqueluche em Cachoeiro



A vacina contra a doença é disponibilizada nas unidades de saúde de Cachoeiro

Em Cachoeiro de Itapemirim, a Secretaria Municipal de Saúde constantemente tem tomado providências de combate e prevenção à coqueluche. A vacina tríplice clássica (DPT) contra difteria, coqueluche (pertussis) e tétano faz parte do calendário oficial de vacinação do Ministério da Saúde e é disponibilizada para as crianças gratuitamente nas unidades de saúde do município que dispõem de sala de vacinação, além do Centro Municipal de Saúde Bolívar de Abreu, no Guandu. Apesar de a vacina contra coqueluche não oferecer proteção permanente, é indispensável imunizar as crianças.
As doses do imunizante devem ser administradas aos dois, quatro e seis meses de idade, com reforço aos 15 meses e aos 4 anos. A imunização dura cerca de dez anos.
A coqueluche ou “tosse comprida” se caracteriza por tosses insistentes, que podem durar semanas ou até meses. É uma doença infectocontagiosa aguda do trato respiratório transmitida pela bactéria Bordetella Pertussis.
“O contágio se dá pelo contato direto com a pessoa infectada ou por gotículas eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. A infecção pode ocorrer em qualquer época do ano e em qualquer fase da vida, mas acomete especialmente as crianças menores de dois anos e idosos, que têm o sistema imunológico mais vulnerável”, explica o secretário municipal de Saúde, Abel Sant'Anna Júnior.
Ainda de acordo com o médico, principalmente nas crianças e nos idosos, ela pode evoluir para quadros graves com complicações pulmonares, neurológicas, hemorrágicas, desidratação e levar à morte.
É recomendável que mesmo as pessoas que receberam a vacina procurem não ficar expostas ao contato íntimo com um portador de coqueluche, para minimizar ainda mais os riscos de contágio.
No ano de 2012 foram confirmados em Cachoeiro 43 casos de coqueluche. Este ano, um caso. No Espírito Santo, no ano passado foram 495 confirmações. Nove pessoas morreram no estado vítimas de coqueluche – nenhuma delas de Cachoeiro.
“Casos dessa doença costumam ser mais raros na vida adulta. No entanto, tosse seca e contínua por mais de duas semanas em jovens e adultos pode ser sinal de que foram infectados pela bactéria da tosse comprida, apesar de terem recebido a vacina na infância ou de já terem ficado doentes”, avalia o secretário de Saúde.
Sintomas
Os sintomas duram cerca de seis semanas e incluem tosse seca, surtos de tosse, vômito pós tosse, febre baixa, coriza, espirros, lacrimejamento, falta de apetite, mal-estar, sintomas que, nas duas primeiras semanas, podem ser confundidos com os da gripe e resfriados comuns.
“Qualquer pessoa – criança, adolescente e adulto – independentemente de ter tomado a vacina ou não, e que apresenta os sintomas sugestivos de coqueluche, deve procurar imediatamente atendimento médico, com o cartão de vacina. Todo caso suspeito deve ser afastado de suas atividades durante cinco dias. O diagnóstico e o tratamento imediatos previnem complicações, óbitos e a disseminação da doença”, alerta Abel Sant'Anna Júnior.
Tratamento
O paciente com coqueluche deve permanecer em isolamento respiratório durante cinco dias após início do tratamento apropriado. Os não hospitalizados devem ser afastados de suas atividades habituais (creche, escola, trabalho etc.) pelo mesmo período. Nos casos não submetidos ao uso de antibiótico, o tempo de isolamento deve ser de três semanas.
Na maioria dos casos, o tratamento pode ser ambulatorial e realizado em casa, mas com acompanhamento médico. A hospitalização só se torna necessária quando ocorrem complicações e é preciso oferecer suporte de oxigênio. Xaropes expectorantes e inibidores da tosse não trazem benefícios terapêuticos.
Recomendações
Uma vez diagnosticada a doença, alguns cuidados simples são importantes no atendimento ao doente:
- Mantenha o doente afastado de outras pessoas e em ambientes arejados, enquanto durar a fase de transmissão da doença;
- O doente deve beber líquidos com frequência para evitar a desidratação e ingerir refeições leves, em pequenas porções, mas várias vezes ao dia;
- Separe talheres, pratos e copos para uso exclusivo da pessoa com coqueluche;
- Lave cuidadosamente as mãos antes e depois de crises de tosse ou após entrar em contato com alguém que está tossindo;
- Procure assistência médica se as crises de tosse se manifestarem por mais de 15 dias. Elas podem ser sintoma de outras doenças e não da coqueluche;
- Adolescentes e adultos com tosse devem procurar o serviço de saúde e evitar contato com crianças menores de um ano de idade;
- Segundo orientação do Ministério da Saúde, todos os comunicantes íntimos (familiares, amigos, colegas de escola ou de trabalho) de pessoas infectadas pela coqueluche deverão receber uma dose da vacina DPT.
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