Entre todas as atividades pedagógicas oferecidas pela Unidade de Internação Regional Metropolitana(Unimetro), em Vila Velha, uma que vem ganhando destaque e prestígio entre os socioeducandos é aOficina de Jornal. Mais de um ano após ter sido fundado, o “Novo Viver” já faz parte da rotina dosadolescentes, instigando-os sobre o exercício do jornalismo e proporcionando mais uma opção decarreira a seguir para quando voltarem à sociedade.
Ministrada pelo agente e jornalista Lauriano Oliveira Mathias, a atividade segue um rígido cronogramaque envolve o trabalho integrado de toda a equipe - semelhante ao que ocorre em um grande jornal. A “redação” é formada por 10 jovens e cada um deles tem sua própria função. São dois diretores,dois designers e seis repórteres, que se reúnem de segunda a sexta-feira para discutir os assuntosque podem virar pauta e, consequentemente, ser notícia na próxima edição do jornal.
Cada um é responsável pelo próprio texto, desde a apuração até a produção da matéria. Também há o editor chefe que faz a revisão final e os ajustes no texto, cabendo aos designers fazer a diagramação e, depois, veicular o conteúdo. A cada 15 dias, Jornal “Novo Viver” toma os corredoresda unidade e informa a servidores e demais adolescentes sobre os acontecimentos internos.
Das pautas já noticiadas estão desde eventos que ocorrem de acordo com o calendário pedagógico da Unimetro, a reivindicações, sugestões, visitas de familiares, novas oficinas, aniversariantes, entrevistas, reflexões e até uma charada.
Para Lauriano, a oficina é fonte de aprendizado e inspiração para muitos adolescentes. “Muitos dos que chegam ali, às vezes não sabem nem escrever direito. A nossa maior preocupação é que eles aprendam a grafar corretamente as palavras e que saibam colocar no papel aquilo que está na cabeça. Quando vemos um garoto que não sabia como se expressar construindo por esforço próprio textos com beleza literária, temos a convicção de que cada minuto de dedicação vale a pena”, destaca.
Idealizador do projeto, Lauriano lembra que o Jornal já está na 35ª edição. E acrescenta: “Assim como acontece em algumas empresas, também tivemos aqui alguns problemas, como de impressão. Mas conseguimos superar. Ver os olhos de satisfação dos nossos jornalistas com o trabalho deles pronto, aquela felicidade... Isso não tem preço”, ressalta.
A atividade já desperta em alguns adolescentes interesses em diversas áreas, como na de designer gráfico, já que durante a produção do noticiário, eles convivem diariamente com os programas de diagramação. “O mais importante é a melhoria que esses meninos têm apresentado na escrita. Esse é o caminho inicial para qualquer outra profissão que quiserem seguir”, finaliza Lauriano.
O “Jornal Novo Viver” é fixado em vários pontos da Unimetro, para ser lido pelo maior número de socioeducandos e servidores possível. Os 10 responsáveis dividem os afazeres e respeitam a hierarquia, comum em qualquer veículo de comunicação ou empresa de outro segmento.
Os jovens que se interessam em participar do projeto começam como repórteres e ganham crachás com fotos, papel e prancheta. Após a discussão da pauta, eles vão a campo fazer as apurações, coletar informações e realizar entrevistas. O conteúdo final é repassado ao editor chefe que, por sua vez, o encaminha para diagramação.
Um ponto importante também chama a atenção: com o passar do tempo e o rendimento do trabalho, os adolescentes podem “subir de cargo” e até chegar a diretor geral. O mais alto posto do jornal, no entanto, é ocupado por quem vencer uma eleição interna, em que os eleitores são os próprios “funcionários” do “Novo Viver".
Informações à Imprensa: Assessoria de Comunicação do Iases Max Torezani Tel: (27)3636.5484/9932.7739 E-mail: comunicacaoiases@yahoo.com.br max.torezani@gmail.com Texto: Geovana Chrystêllo
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