Há oito anos, a Ceasa/ES participa do programa de Ressocialização pelo Trabalho, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), que oferece oportunidade de inserção no mercado de trabalho a detentos e egressos.
Segundo o assessor de Manutenção e Transporte da Ceasa/ES, Élder Antônio Schunk, atualmente são disponibilizadas seis vagas, que se encontram todas preenchidas com a chegada de dois novos detentos, no início do mês.
“As vagas são constantemente ocupadas, pois quando um dos detentos que está trabalhando na empresa sai, automaticamente a vaga dele fica em aberto. A partir daí emitimos uma solicitação à Sejus que, após realizar um processo de seleção, nos encaminha outro, como é o caso dos novatos. O período de permanência é variável, levando em consideração, por exemplo, o tempo da pena que ainda têm a cumprir. Eles trabalham normalmente, durante a semana e nos sábados até o meio dia, sempre recebendo os suportes necessários, como vale transporte, alimentação e equipamentos de serviço, além de serem remunerados. Entre as atividades estão ajudante de pedreiro, de eletricidade e de jardinagem. Não podemos reclamar, eles exercem o trabalho com dedicação e possuem bom comportamento”, conta Élder.
Em regime semiaberto, há nove meses, e há três dias na Ceasa/ES, H.P.G.J.E, 40 anos, disse que o programa de ressocialização é muito importante. “Todas as tarefas que realizamos nos ajudam muito para não sairmos da prisão sem perspectivas, mas, com experiências e aprendizados novos, que nos ajudem a ter oportunidades de trabalho. O meu primeiro trabalho como detento foi realizado dentro do presídio, atuando como soldador, profissão que exercia antes. Depois trabalhei mexendo com mudas de eucalipto para o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Quando alcançar meu alvará pretendo voltar a mexer com solda ou mesmo utilizar do conhecimento que estou obtendo dentro da Ceasa/ES, para recomeçar minha vida”, declara.
O interno F.H, 29 anos, que entrou no mesmo período, afirma que esta é uma segunda chance para se reintegrar ao meio social. “Esse programa desenvolvido por empresas como a Ceasa/ES, é fundamental e necessário, pois com esse tipo de ação e apoio muitos encontram a possibilidade de ter uma nova vida. O fato de poder trabalhar, ter uma profissão e ocupar a mente com coisas boas e produtivas é maravilhoso. Mais empresas deveriam abraçar este projeto, criando novas oportunidades”, conclui.
O diretor-presidente, da Ceasa/ES, José Paulo Viçosi, lembra que a intenção é intensificar cada vez mais essa parceria com a Sejus, dando oportunidade para novos detentos. “Através deste programa a Ceasa/ES tem contribuído para a inserção de cidadãos na sociedade civil e no mercado de trabalho. O convênio nos traz bons resultados e orgulho, acreditamos na capacidade destes profissionais, os quais correspondem perfeitamente às atribuições que lhes são feitas”, conclui Viçosi.
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Texto: Lorena Quirino Pelissari
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