terça-feira, 21 de outubro de 2014

LEMBRANÇA DE 1972, EM PLENA DITADURA CIVIL MILITAR.


Acabo de ver e ler na Internet

Em função da Eleição:
a partir desta terça-feira prisões só ocorrerão em flagrantes.

Me faz lembrar 1972 quando da eleição municipal.
Estava almoçando na casa de Roberto Valadão, Rua Alziro Vianna, Cachoeiro de Itapemirim candidato a vice prefeito na chapa do MDB com Hélio Carlos Manhães, juntamente com sua esposa Eloisa e sua mãe Helena.
Bateram na porta e Roberto foi atender. Na volta ele chamou Eloisa, arrumou umas peças de roupa e saiu.
Segui os seus passos e vi quando ele entrou num caminhonete Veraneio Preta que subiu a rua com destino a Vitória. Estava preso pelos golpistas da ditadura civil militar. Eram os anos da ditadura civil militar.
Logo em seguida fui até a casa do médico Gilson Carone para lhe falar da prisão de Valadão. Lá estava doutor Elimário Imperial que ao receber minha informação me devolveu: o Gilson também foi preso. Muitos foram presos em todo Espírito Santo e pelo Brasil afora.
Triste Brasil dos anos da ditadura civil militar, que ainda tem alguns personagens em plena ação, mas agora vestidos de DEMOCRATA.
De 1972 até os nossos dias muita gente morreu para termos o Brasil caminhando para ter os seus filhos e filhas tendo educação, alimentação e trabalho. Muitos sofreram nas prisões e foram torturados barbaramente.
Lá se vão 42 anos. O som que veio da porta. Valadão saindo preso. A Veraneio Preta subindo a Alziro Vianna. O encontro e a conversa que tive com doutor Elimário Imperial na portaria do Hotel Itabira povoam a minha mente.
Mas agora vamos juntos por um Brasil melhor, mais humano e decente para todos.

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