A pimenta-do-reino capixaba se consolidou como uma opção de diversificação agrícola na região Norte do Espírito Santo e alcançou espaço no mercado internacional se tornando um produto de destaque nageração de divisas do agronegócio capixaba. Nos últimos três anos, os preços permanecem em alta,animando produtores e empresários do setor.
Somente no primeiro semestre de 2013, já foram exportadas quase 3,6 mil toneladas de pimenta paraos Estados Unidos e vários países da Europa, Ásia e Ásia, um volume 83% superior em relação aomesmo período do ano passado. As divisas geradas com as exportações somaram US$ 22,5 milhõesde janeiro a junho deste ano, ficando atrás apenas de celulose e cafés, no ranking das exportações doagronegócio capixaba.
“A expansão e a renovação dos plantios, aliadas à melhoria da qualidade do produto verificadas nosúltimos anos, comprovam a rentabilidade da atividade, que gera mais de R$ 70 milhões por ano derenda bruta para os produtores. O cenário é que vamos atingir uma produção acima de 10 miltoneladas, nos próximos três ou quatro anos”, explica o secretário de Estado da Agricultura,Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
O Estado do Espírito Santo é o segundo produtor e exportador nacional, com 6,7 mil toneladas depimenta-do-reino produzidas anualmente. A atividade é tipicamente familiar, pois ocupa 2,9 mil hectares em 2,4 mil propriedades rurais. Os plantios se concentram no Norte do Estado, tendo comodestaque o município de São Mateus, com mais de 65% da área cultivada e da produção.
Na região do distrito de Nestor Gomes, em São Mateus, cerca de 312 famílias de seis assentamentosrurais possuem cerca de 27 mil pés de pimenta-do-reino em produção e há intenção de plantar mais50 mil. Na última safra, a produção foi de aproximadamente 90 toneladas.
“Além do café, investimos também no cultivo da pimenta-do-reino. Conduzimos as lavouras comeficiência e alcançamos produção elevada. Mais recente iniciamos ainda plantios de seringueira ecacau, para promover a diversificação e ampliar a renda”, destaca Joãozinho Santos de Souza,assentado da região há 27 anos.
“No momento a pimenta-do-reino, é uma das atividades agrícolas de maior rentabilidade no Estado. E,ao gerar ótima receita sem a necessidade de grandes espaços, os plantios têm se ampliado empequenas propriedades, como nos assentamentos rurais, o que favorece a inclusão produtiva,econômica e social das famílias do campo”, comemora Bergoli.
Para fortalecer a atividade nos assentamentos, dentro do programa ‘Vida no Campo’, a Seag irárepassar para uso coletivo dos produtores um secador de pimenta-do-reino com capacidade de trêstoneladas. Além disso, recentemente para ampliar a infraestrutura produtiva como um todo dosassentamentos regularizados, com investimentos na ordem de R$ 1.2 milhão, a Seag repassou de umconjunto de tratores, microtratores, caminhões, veículos utilitários, secadores e piladores de café ediversos implementos agrícolas para contribuir com a revitalização dos assentamentos. Ao todo,foram beneficiados 17 assentamentos nos municípios de Pinheiros, Montanha, Conceição da Barra,São Mateus, Nova Venécia, Mantenópolis, Pancas e Ecoporanga, onde vivem aproximadamente 700famílias.
Aptidão para produzir
A região Norte do Estado do Espírito Santo é um polo tradicional de produção de pimenta-do-reino,onde há condições de clima e solo favoráveis ao cultivo. Trata-se de uma cultura típica de climaquente e úmido, se desenvolvendo bem em altitudes de até 500 metros, temperatura média entre23ºC e 38ºC e umidade relativa entre 70% e 88%.
Um pouco de história
A pimenta-do-reino, também conhecida como pimenta-da-Índia, é uma planta trepadeira, originária daÍndia, sendo a mais comum e mais importante das especiarias.
Durante os séculos XV e XVI ela motivou viagens entre a Europa e a Ásia para sua importação peloseuropeus. Em Roma, chegou a ser empregada em certas ocasiões como dinheiro (moeda).
Pimenta de qualidade
Para identificar uma pimenta-do-reino de qualidade, basta verificar se ela está branca ou clara pordentro. Nesta condição, ela conserva todos os seus óleos, e é garantia de um bom condimento e umfantástico conservante natural.
Municípios Capixabas Produtores de Pimenta do Reino em 2012 | |||
Município | Área Plantada (ha) | Área colhida (ha) | Produção (t) |
São Mateus | 1.900 | 1.600 | 4.480 |
Jaguaré | 400 | 270 | 810 |
Nova Venécia | 110 | 110 | 330 |
Linhares | 100 | 100 | 240 |
Boa Esperança | 115 | 65 | 195 |
Sooretama | 50 | 50 | 125 |
Conceição da Barra | 60 | 40 | 100 |
Vila Valério | 52 | 36 | 98 |
Aracruz | 30 | 30 | 90 |
Pedro Canário | 35 | 35 | 88 |
Rio Bananal | 26 | 26 | 65 |
Pinheiros | 20 | 5 | 22 |
Montanha | 6 | 6 | 12 |
Ibiraçu | 2 | 2 | 5 |
Colatina | 2 | 2 | 4 |
Fundão | 2 | 2 | 4 |
Santa Teresa | 2 | 2 | 2 |
TOTAL | 2.912 | 2.381 | 6.670 |
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