quinta-feira, 7 de março de 2013

FÓRUM ESTADUAL DE JUVENTUDE NEGRA DO ESPÍRITO SANTO

05.03.13 - Brasil

Fejunes
Fórum Estadual da Juventude Negra do Espírito Santo
Adital
O Fórum Estadual de Juventude Negra do Espírito Santo – FEJUNES vem a público novamente manifestar preocupação com a falta de uma Política Estadual de Segurança Pública que seja capaz de reverter esse quadro de insegurança traduzida, sobretudo, pelos altos índices de homicídios que recai majoritariamente sob a juventude negra.
Na última sexta-feira (01) recebemos a notícia da troca de comando na Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social – SESP, que sem dúvida se tornou um momento emblemático, porém afirmamos que apenas essa alteração não é o bastante para avançarmos no enfrentamento à violência no Espírito Santo.
Mais do que nunca, precisamos abrir um amplo canal de diálogo entre os diversos setores com vista a construir alternativas que propiciem mudanças profundas neste cenário e não somente quedas inexpressivas nos dados estatísticos.
O Espírito Santo, no que pese ser o primeiro no ranking de assassinatos de mulheres e o segundo no de jovens e negros, ainda não inaugurou um canal de diálogo sistemático e qualificado com representantes desses setores.
Apesar deste Fórum já ter realizado diversas manifestações públicas, ainda não conseguimos convencer o Governo sobre a necessidade de uma construção coletiva de modo a enfrentar efetivamente o extermínio da juventude negra em nosso estado.
Soluções construídas apenas nos gabinetes ou ouvindo somente determinados setores da nossa sociedade não serão o bastante para resolver essa questão. Assim como somente os altos investimentos no aparato policial e o anúncio de medidas afastadas da realidade concreta da população não nos levarão aos resultados que verdadeiramente precisamos.
Enquanto isso, o Conselho de Segurança Pública, que poderia representar esse espaço de diálogo permanente, plural e qualificado na construção de uma Política sólida e eficiente não saiu do papel. O Programa Estado Presente, concebido a quatro paredes sem ouvir a sociedade capixaba, também segue aparentemente investindo mais em marketing do que em ações concretas de prevenção.
Por isso, afirmamos a nossa luta pela construção de uma Política de Segurança Pública garantidora dos direitos humanos e que consiga demover do nosso estado essa triste realidade de figurar entre um dos lugares mais perigosos para se viver no mundo.
Vitória/ES, 05 de março de 2013.

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