quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Por que toda escolar deveria ter um jornal escolar?



Talita Moretto
Jornalista especialista em Tecnologias na Aprendizagem, coordenadora de Programa Jornal e Educação, atuando na interface mídia e educação desde 2008.
Adital
Em uma época em que alunos têm muito a dizer, professores se esforçam para inovar as aulas e escolas tentar adequar-se à nova demanda de conhecimento que verte nos pátios na hora do recreio, nos corredores entre os intervalos das aulas, nos espaços entre as carteiras, o jornal escolar ganha uma posição privilegiada que vai além da expressão, mas torna-se um compartilhamento de saberes.
Ouço, constantemente, professores pedindo para serem vistos, reconhecidos em seus trabalhados, clamando olhares para suas ações, mas não as vejo. Onde está todo esse material? De repente, descubro "gavetas” lotadas de produções nunca antes vistas que nem mesmo quem as guardou ali pensou que poderia disseminar.
O jornal escolar é este espaço. Ele serve para revelar os alunos aos professores, os professores aos alunos, a escola aos alunos, os docentes aos docentes [algumas vezes, desconhecidos entre si], a escola à comunidade.
Um jornal escolar é mais que um arquivo de trabalhos ou calendário de datas comemorativas de uma instituição, é um espaço de criação colaborativa. Tanto impresso em folhas individuais, no mural ou online (como um blog), ele permite ao professor conseguir uma participação maior dos alunos no processo ensino-aprendizagem, ao mesmo tempo, revela a escola aos jovens.
Quando conhecemos o lugar que frequentamos, sua estrutura, sua equipe, suas ações, é mais fácil pertencermos a esse local e usufruirmos daquilo que ele está nos oferecendo: o ensino.

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