Senhor
Governador Renato Casagrande,
Gostaria de
lhe apresentar uma pequena sugestão, que não envolve mudança de seus Secretários,
de Delegados de Polícia, não é a saída mágica para resolver de uma vez a
questão do royalties do petróleo ou do Fundap e nem mesmo alteração no
Orçamento do Espírito Santo.
Desde o
lançamentos do livro retratando a vida e obra do médico Luiz Buaiz, ocorrido no
Palácio Anchieta, uma preocupação antiga voltou a ter espaço na minha cabeça: a
nossa memória histórica poderia ser melhor preservada.
É correto que
hoje o Arquivo Público Estadual tem uma sede decente, na Rua 7 de Setembro,
onde antes funcionou uma instalação da Escelsa, muitas vezes melhor acomodado
do que nas velhas instalações onde ficava na Cidade Alta.
A documentação
capixaba que até aqui resistiu, está sendo bem cuidada e preservada. Senhor
Governador, é necessário um esforço de tempo e de capacidade para fazermos um
competente e grande rastreamento para descobrirmos documentos oficiais de
dezenas de anos, bem como publicações extra governo que falam do Espírito Santo,
mas que aqui nós não temos na posse do Arquivo Público, estão em mãos
particulares e em sebos por este Brasil afora.
Voltado ao
lançamento do livro sobre Luiz Buaiz, tenho ainda na memória a sua bilhante
fala, no dia que completava 91 anos e de improviso. Doutor Luiz nos levou a
passear pela vida capixaba e de sua família, com emoção e sentimento. Ao final procurei saber se aquela
fala teria sido gravada. Não. As palavras que Doutor Luiz registrou ficaram ao
vento e na memória de muitos, mas se devidamente registradas poderiam ficar
para milhares de pessoas, de hoje e do futuro. Assim é a realidade da nossa memória
histórica.
O nosso
Estado já está passando da hora de ter um esquema de publicação de documentos
que poderiam ser vendidas aos interessados, distribuídos nas escolas, entidades
e bibliotecas. Não estou dizendo que não são feitas publicações, estou dizendo
que elas devem estar disponíveis. O Governo do Estado tem editado publicações
de valor, mas que ficam restritas praticamente ao lançamento. Como me disse o
Historiador Gabriel Bittencourt, “Mansur, se a gente não for ao lançamento,
dificilmente teremos a publicação.’’ No que concordo integralmente.
A nossa
memória histórica tem de ser presevada com rigor e com competencia. Apenas uma
sugestão, Senhor Governador.
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