27/12/2012 - 16h45min
A virada de ano se aproxima. Para os mais supersticiosos, a uva é símbolo de boa sorte para o ano que vai chegar. Mas para o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a fruta deve ser sinônimo de prosperidade o ano todo. Por isso, o Incaper estimula o plantio de uva e o manejo adequado das parreiras até mesmo em regiões que tradicionalmente não a cultivavam.
A iniciativa está dando os primeiros resultados. Quando foi designado para trabalhar no Escritório Local de Desenvolvimento Rural do Incaper em Iconha, o engenheiro agrônomo Leandro Hespanhol deparou-se com um desafio. Ele observou que alguns produtores rurais da região haviam adquirido mudas de uva da variedade Niágara Rosada e realizado o plantio de pequenas áreas. Porém, não sabiam como conduzir a lavoura de maneira adequada. “Não tínhamos como precisar nem a origem das mudas. Os produtores plantaram uva, mas ficaram sem saber o que fazer, como agir. As lavouras não receberam o trato adequado”, contou.
Com doutorado em viticultura, Leandro desenvolveu a prática na propriedade da família, no estado do Rio de Janeiro. Lá, observou que era possível garantir boa produtividade mesmo em regiões mais quentes e úmidas. E trouxe sua experiência para o Espírito Santo. Trabalhou na recuperação das lavouras junto aos produtores de Iconha e Piúma, e espera obter uma produtividade de seis toneladas por hectare. “A variedade Niágara Rosada é rústica, resistente a pragas e doenças. Se adaptou bem às condições ambientais da região de Iconha. A produção inicial é baixa, porque a lavoura ainda está em implantação”, ponderou. Porém, é possível alcançar produtividades em torno de 40 toneladas por hectare a partir do quinto ano.
A assistência técnica prestada aos produtores de uva de Iconha e Piúma permite colheita de uva até duas vezes por ano. “O clima quente tem suas vantagens. A videira não entra em período de dormência, e pode produzir até duas safras por ano. Além disso, a região permite que seja feita poda em qualquer época. Assim, o produtor pode se programar, em função do mercado, para conseguir obter os melhores preços. Estas características apontam a videira como mais uma alternativa viável de obtenção de renda para o produtor”, explicou Hespanhol.
A comercialização da safra deste ano fica a critério do produtor. “Ele pode vender na propriedade mesmo, num esquema 'colha e pague'. É uma forma de estimular o agroturismo”, disse Leandro. Quando se trata de uva de mesa, a variedade Niágara Rosada é uma das mais consumidas no Brasil. O próximo desafio é adaptar tecnologias de baixo custo para evitar o ataque de pássaros, abelhas e marimbondos. “Como a área é pequena, orientamos que os produtores ensacassem a produção. Em áreas grandes, pode-se cobrir as parreiras com uma tela plástica conhecida como clarite”, orientou.
Assim, o Incaper ajuda a garantir a qualidade das uvas produzidas em regiões que não tinham tanta tradição no cultivo de videiras. E faz com que a produção agrícola esteja presente na mesa dos capixabas durante o ano todo.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Eduardo Brinco/Juliana Esteves/Luciana Silvestre
Texto: Juliana Esteves
comunicacao@incaper.es.gov.br
Tel.: 3636-9865/3636-9868/9850-2210/9964-0389
Twitter: @incaper
Facebook: Incaper
A iniciativa está dando os primeiros resultados. Quando foi designado para trabalhar no Escritório Local de Desenvolvimento Rural do Incaper em Iconha, o engenheiro agrônomo Leandro Hespanhol deparou-se com um desafio. Ele observou que alguns produtores rurais da região haviam adquirido mudas de uva da variedade Niágara Rosada e realizado o plantio de pequenas áreas. Porém, não sabiam como conduzir a lavoura de maneira adequada. “Não tínhamos como precisar nem a origem das mudas. Os produtores plantaram uva, mas ficaram sem saber o que fazer, como agir. As lavouras não receberam o trato adequado”, contou.
Com doutorado em viticultura, Leandro desenvolveu a prática na propriedade da família, no estado do Rio de Janeiro. Lá, observou que era possível garantir boa produtividade mesmo em regiões mais quentes e úmidas. E trouxe sua experiência para o Espírito Santo. Trabalhou na recuperação das lavouras junto aos produtores de Iconha e Piúma, e espera obter uma produtividade de seis toneladas por hectare. “A variedade Niágara Rosada é rústica, resistente a pragas e doenças. Se adaptou bem às condições ambientais da região de Iconha. A produção inicial é baixa, porque a lavoura ainda está em implantação”, ponderou. Porém, é possível alcançar produtividades em torno de 40 toneladas por hectare a partir do quinto ano.
A assistência técnica prestada aos produtores de uva de Iconha e Piúma permite colheita de uva até duas vezes por ano. “O clima quente tem suas vantagens. A videira não entra em período de dormência, e pode produzir até duas safras por ano. Além disso, a região permite que seja feita poda em qualquer época. Assim, o produtor pode se programar, em função do mercado, para conseguir obter os melhores preços. Estas características apontam a videira como mais uma alternativa viável de obtenção de renda para o produtor”, explicou Hespanhol.
A comercialização da safra deste ano fica a critério do produtor. “Ele pode vender na propriedade mesmo, num esquema 'colha e pague'. É uma forma de estimular o agroturismo”, disse Leandro. Quando se trata de uva de mesa, a variedade Niágara Rosada é uma das mais consumidas no Brasil. O próximo desafio é adaptar tecnologias de baixo custo para evitar o ataque de pássaros, abelhas e marimbondos. “Como a área é pequena, orientamos que os produtores ensacassem a produção. Em áreas grandes, pode-se cobrir as parreiras com uma tela plástica conhecida como clarite”, orientou.
Assim, o Incaper ajuda a garantir a qualidade das uvas produzidas em regiões que não tinham tanta tradição no cultivo de videiras. E faz com que a produção agrícola esteja presente na mesa dos capixabas durante o ano todo.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
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