Publicada em 29/12/2014, às 11h17
Yuri Barichivich
Cmei Carlos Alberto Martinelli de Souza, em Consolação, foi entregue e abriu 550 novas vagas na região para crianças com idade entre 6 meses e 5 anos
Yuri Barichivich
Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Professora Cida Barreto, em Jardim da Penha, também foi entregue este ano
Duas mil novas vagas na rede municipal de ensino e os anúncios do fim dos sorteios na educação infantil e três escolas em tempo integral. Essas foram algumas das realizações da Secretaria Municipal de Educação (Seme) em 2014.
"O ano foi marcado ainda por importantes movimentos de discussão curricular e pedagógica que vão contribuir para qualificar o atendimento educacional, a exemplo da experiência vivida no Pé na Cidade, que trouxe possibilidades educativas significativas para o processo de formação das crianças", disse a secretária municipal de Educação, Adriana Sperandio.
Novas unidades
Entre as novas unidades, destacam-se o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Professora Cida Barreto, em Jardim da Penha, que gerou 300 vagas para crianças com idade entre 2 e 5 anos, e o Cmei Carlos Alberto Martinelli de Souza, em Consolação, que abriu 550 novas vagas na região para crianças com idade entre 6 meses e 5 anos. Ao lado deste Cmei, está a sede administrativa própria da Emef EJA Prof. Admardo Serafim Oliveira, também entregue em 2014.
Outras importantes entregas também foram o novo prédio do Cmei Silvanete da Silva Rosa Rocha, em Comdusa, que gerou 250 novas vagas, das quais 200 são de tempo integral, totalizando capacidade de atendimento de 450 crianças.
Também foi entregue o novo prédio da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Álvaro de Castro Mattos, em Jardim da Penha, com rampas, elevador, ambientes adaptados e ainda quadra coberta, auditório, biblioteca e sala de dança, com 90 novas vagas. Por fim, o novo prédio da Emef Irmã Jacinta Soares de Souza Lima, além da qualificação do espaço escolar com ampla biblioteca, laboratório de informática e sala de recursos multifuncionais, aumentando em 180 o número de vagas.
Reformas das unidades
Entre as reformas, destacam-se a quadra coberta, sala de música e estacionamento da Emef Octacílio Lomba, em Maruípe, a sala de informática da Emef Maria Stella de Novaes, no bairro Grande Vitória, quadra e sala de recursos multifuncionais da Emef Juscelino Kubitschek, em Maria Ortiz, e reforma do Cmei Padre Geovani Bartesaghi, em Ilha das Caieiras.
Em 2014, os alunos da Emef Eunice Pereira Silveira, a antiga Emef Grande Maruípe, iniciaram o ano letivo em um prédio novo, em Tabuazeiro. No mesmo local estão o Polo UAB Vitória(Universidade Aberta do Brasil) e o Lafote que, com a construção, também ganharam sede própria.
Educação Ampliada
Música, dança, teatro, esportes, aulas em parques e museus e várias outras atividades pedagógicas e educativas enriquecem o aprendizado de milhares de alunos da rede municipal de ensino. Essa é a dinâmica do programa Educação Ampliada, lançado em 2014 pela Prefeitura de Vitória. O programa oferece oportunidades de aprendizagem na sala de aula e em espaços da cidade e proporciona novas vivências.
As atividades estão listadas no portal do programa. Crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos podem ter inscrições efetuadas para as diferentes áreas, como Projovem Vitória, escolinhas de esportes, aulas de dança, música e arte e atividades escolares. As ações culturais, artísticas, científicas e esportivas acontecem em diversas regiões da cidade, como a Escola de Teatro, Dança e Música de Vitória Fafi, parques, museus, Tancredão, Centros de Ciência, Educação e Cultura, tanto no horário letivo quanto no contraturno escolar.
Escolas em Tempo Integral
Ampliar as oportunidades de aprendizagem permanecendo por mais tempo na escola é a novidade para cerca de 1,2 mil alunos das Emefs Eunice Pereira Silveira, em Tabuazeiro, Anacleta Schneider Lucas, na Fonte Grande, e Moacyr Avidos, na Ilha do Príncipe, que vão iniciar o ano letivo de 2015 como unidades em tempo integral. A ação inaugura a política pública de escola em tempo integral, iniciativa que faz parte do Programa Educação Ampliada, contemplada no Plano Plurianual 2014/2017 da Prefeitura de Vitória e meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE).
Em Vitória, o projeto compreende a criação de escolas em tempo integral, com todos os estudantes e professores em jornada escolar integral, tendo como finalidade garantir educação de qualidade para crianças e adolescentes matriculados na rede municipal de ensino, promovendo a permanência e o sucesso na aprendizagem de toda sua população estudantil.
Na matriz curricular, os alunos têm orientação de estudos, iniciação científica e auxílio na elaboração de um projeto de vida. Além das disciplinas obrigatórias (português, matemática, geografia, ciências, história, educação física, arte e língua estrangeira), os estudantes contam também com matérias eletivas, que são escolhidas de acordo com seu objetivo. A ideia é que componentes curriculares obrigatórios da base comum e o conjunto diversificado de atividades pedagógicas sejam organizados de forma integrada, rompendo com a divisão de turno e contraturno.
Fim dos sorteios na educação infantil
Um processo mais ágil e democrático na hora de garantir a vaga dos pequenos nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). As matrículas novas para o ano letivo de 2015 não serão mais feitas por sorteio. Isso porque já está em pleno funcionamento o cadastramento eletrônico unificado da educação infantil, implantando na capital em 2013 e realizado nas secretarias das próprias unidades.
O serviço é fruto de uma parceria entre a Seme e a Subsecretaria Municipal de Tecnologia da Informação (Sub-TI). "Um dos nossos compromissos é zerar a falta de vagas na educação infantil até 2016. E essa ferramenta tecnológica, desenvolvida por servidores da própria Prefeitura, pretende organizar e mapear essa demanda na nossa cidade", disse o prefeito de Vitória, Luciano Rezende.
O cadastramento eletrônico gera dados que identificam a real demanda por matrículas por idade e região, além de garantir conforto e comodidade para os pais. Desde que ele foi implantado, basta comparecer a um único Cmei para fazer o registro da demanda e indicar as unidades de ensino de preferência mais próximas do endereço fornecido pela família.
Bibliotecas
Numa parceria firmada entre a Seme, Chocolates Garoto e o Instituto Oldemburg, e por meio do projeto “Leitura para Todos - Sala de Leitura”, 16 salas de leitura com mil livros cada foram implantadas em Emefs e no Parque Barreiros. "A ação nos permitiu trazer um acervo de 16 mil livros para as unidades de ensino, potencializando as ações de leitura nas nossas escolas, ampliando e enriquecendo o acervo das bibliotecas", disse a secretária Adriana Sperandio.
Vitória é uma das poucas capitais brasileiras em que todas as escolas públicas possuem biblioteca própria e com profissional da informação de nível superior responsável pelo espaço. Como parte do contínuo processo formativo dos profissionais servidores da Educação, todos os bibliotecários das escolas passaram por formação oferecida pelo Consulado Americano.
Ideb
O Indicador de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) revelou que 58% das Emefs de Vitória melhoraram a própria nota em comparação à última avaliação, em 2011. As unidades da rede municipal receberam as maiores notas no Ideb na Grande Vitória. Com 7,8 - numa escala que vai de 0 a 10 -, a Emef Eber Louzada, que fica em Jardim da Penha, possui nota maior que a média da rede privada nos anos iniciais do ensino fundamental.
Além disso, seis Emefs estão acima da média projetada para 2019. São elas: Juscelino Kubitscheck de Oliveira, Maria Madalena de Oliveira Domingues, Elzira Vivácqua dos Santos, Eber Louzada Zippinotti dos Santos, Álvaro de Castro Mattos e Adevalni Sysesmundo Ferreira de Azevedo. "Esses dados revelaram o quanto a nossa escola pode oferecer uma educação cada vez melhor para os estudantes", comentou a secretária Adriana Sperandio.
Outro dado interessante do Ideb é que a capital tem a melhor média entre as escolas da Grande Vitória, com nota 4,2. As escolas foram avaliadas entre 2012 e 2013, ou seja, antes da implantação do projeto Aprender Mais, que faz parte do Programa Educação Ampliada. Elaborado com o objetivo de corrigir a defasagem idade-série no ensino fundamental, o projeto terá os resultados de suas alções verificados no Ideb de 2016.
Aprender Mais
O projeto Aprender Mais faz parte do Programa Educação Ampliada e foi criado com o objetivo de corrigir a defasagem idade-série dos alunos do ensino fundamental, a começar pela alfabetização.
Objetiva também corrigir em até 100% o abandono escolar no ensino fundamental ocasionado pela não aprendizagem e baixa autoestima, especialmente envolvendo estudantes que não conseguiram aprender a ler e a escrever na idade certa.
Ainda em 2013, foram alfabetizados cerca de 1,2 mil alunos que ainda não se apropriaram da leitura e da escrita. Em 2014, participaram 21 escolas, com 380 estudantes no total. Foram alfabetizados 261 estudantes e 119 estão em processo de alfabetização.
Unesco
Em virtude da experiência acumulada no campo da educação inclusiva e dos esforços que objetivam a garantia de oferta educacional de qualidade para todos, Vitória recebeu a notícia que em 2014 figurou entre os 10 municípios brasileiros selecionados pela Unesco, em parceria com o Ministério da Educação, para participar da pesquisa "Boas práticas em Educação Inclusiva".
Yuri Barichivich
Alunos da Emef Eunice Pereira Silveira, a antiga Emef Grande Maruípe, iniciaram o ano letivo em um prédio novo
Carlos Antolini
Emef Anacleta Schneider Lucas vai iniciar 2015 como unidade em tempo integral
Vitória Alfabetizada
Palco onde já brilharam grandes nomes da cultura brasileira, o Theatro Carlos Gomes refletiu outro tipo de luz em 2014. Reuniram-se ali para receber o primeiro diploma de suas vidas jovens e adultos participantes do projeto Vitória Alfabetizada, que os tornou capazes de não apenas decodificar sons e letras, mas também os ensinou a ler e escrever o mundo.
Até o momento, foram alfabetizadas 190 pessoas e 2015 inicia com 17 turmas em atividade, sendo que nove estão concluindo entre janeiro e março, nos bairros Alagoano, Inhanguetá, Santo André, Resistência, Jaburu e Itararé. São sete novas turmas em 2015, em Resistência, Praia do Suá, Andorinhas, Centro, São Benedito, Tabuazeiro e Consolação, com 61 participantes.
Planetário para cegos
O terreno irregular das crateras da lua nas pontas dos dedos, a Ursa Maior na palma da mão, a textura do centro da Terra a apenas um toque e o céu ao alcance das mãos. Em Vitória, quem não pode enxergar o céu agora pode senti-lo no Planetário. Antes, apenas o espaço físico era adaptado para receber pessoas com deficiência. Agora, o conteúdo também passa a ser acessível, pois quem não pode enxergar o céu, a partir desse momento, pode senti-lo. Assim, a acessibilidade do conhecimento por meio do toque revela o fantástico mundo da astronomia para muita gente.
Qualificação profissional para alunos da EJA
Estudantes da modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA) e comunidade do entorno escolar têm, a partir de 2014, a oportunidade de buscar a qualificação profissional para ganhar um incentivo na hora de conquistar uma vaga no mercado de trabalho. As secretarias municipais de Turismo, Trabalho e Renda (Semttre) e Educação (Seme) passaram a realizar os cursos de almoxarife e montador e reparador de computadores, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Todos Pela Educação
"É possível". Essa é a frase que intitula a seção que traz Vitória como destaque no caderno "Educação em debate: Por um salto de qualidade na educação básica", elaborado pelo Instituto Todos Pela Educação. Como forma de apontar caminhos para que as propostas expressas no documento ganhem força e sentido prático, o movimento Todos Pela Educação visitou a rede de ensino de Vitória, por possuir em curso boas práticas de formação de professores da Educação Infantil.
O documento destacou a atual política de formação continuada em Educação Infantil de Vitória, que tem como principal característica a reunião de todos os profissionais da rede nos chamados "ciclos de diálogos curriculares". Em 2013, cerca de 3,2 mil educadores, entre professores, assistentes, coordenadores pedagógicos, estagiários, diretores e professores de Educação Especial, passaram pela formação, que teve como oficineiros os professores da própria rede.
Pé na Cidade
Em 2014, os parques da capital se transformaram em grandes salas de aula ao ar livre para cerca de 5 mil crianças da rede municipal de ensino matriculadas nos 49 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) e cinco Institutos Brincarte de Vitória. Trata-se do projeto Pé na Cidade, criado a partir dos Diálogos Curriculares da Educação Infantil, com o objetivo de oferecer vivências para os alunos a partir da relação com o patrimônio, a sustentabilidade e a contemporaneidade, trabalhando para construir uma cidade encantadora e sustentável.
"Os espaços ajudam na criação de vínculos afetivos, estimulando as crianças a frequentar áreas verdes de maneira consciente, não apenas em atividades escolares, mas também para o lazer com a família. O projeto Pé na Cidade trouxe possibilidades educativas significativas para o processo de formação das crianças”, disse a Secretária Adriana Sperandio.
Informações à imprensa:
Carmem Tristão (ctristao@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3135-1000 / 98889-6140 / 98139-7097
Com edição de Matheus Thebaldi
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