quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Navio da Marinha chega à foz do Rio Doce


26/11/2015 - 18:57
 
O navio hidroceanográfico "Vital de Oliveira" da Marinha do Brasil chegou nesta quinta-feira (26) em
 Regência, no litoral de Linhares, Norte do Espírito Santo. A embarcação será importante para 
mensurar os impactos da lama na foz do Doce e litoral capixaba e nela estão técnicos do Instituto 
Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e pesquisadores de universidades.

Durante o dia foram realizadas demonstrações das potencialidades do navio, que é a mais
 moderna embarcação de pesquisa da Marinha do Brasil e se destaca pelo grande número de 
equipamentos científicos a bordo.

Foram definidas também a malha amostral do monitoramento que será feito por meio dos equipamentos
 do navio. Serão onze pontos distribuídos na foz do Rio Doce, de forma radial com um ponto centralizado.
 Além disso será também será feito monitoramento em linha reta mar adentro, da boca da foz até a 
queda da plataforma continental.

O navio

A presença do Navio da Marinha em território capixaba foi um pleito do governador Paulo Hartung
 junto ao Governo Federal. O NPqHo “Vital de Oliveira” estava realizando sua primeira missão em 
Fernando de Noronha e foi deslocado para o Espírito Santo. A embarcação retorna no dia 30 de novembro, 
pois pode ser que algumas análises tenham que ser feitas em terra. No dia 02 de dezembro, ele retorna 
para Regência.

O Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHO) ‘Vital de Oliveira’ é a mais moderna embarcação de 
pesquisa da Marinha do Brasil e se destaca pelo grande número de equipamentos científicos a 
bordo. O propósito é servir como Plataforma Marítima, Laboratório Oceânico e Laboratório Multiuso,
 sendo empregado prioritariamente em prol do monitoramento e caracterização física, química, 
biológica, geológica e ambiental de áreas oceânicas estratégicas. Há 30 equipamentos de 
ponta na embarcação, entre eles o CTD Rossette para coleta de na água de diferentes camadas e sonares
 com diversas frequências.

Sobrevoo

No sobrevoo realizado por técnicos do Iema nesta quinta-feira (26) foi identificado que a chamada 
‘onda de lama’ deslocou-se aproximadamente 10 quilômetros ao sul, 6 quilômetros ao leste e 22 
quilômetros ao norte da foz do Rio Doce. Cabe ressaltar que o deslocamento desta lama recebe 
influencia do comportamento das ondas e da direção do vento.

Recursos Hídricos

Foi realizada, também nesta quinta-feira (26), uma reunião do Conselho Estadual de Recursos 
Hídricos (CERH), instância do Sistema Estadual de Meio Ambiente. O encontro, além dos 
membros do colegiado como irrigantes, sociedade civil organizada, empresas e companhias de 
abastecimento, contou com a presença também de representantes dos Comitês de Bacia do Rio 
Doce, dos Pontões e Lagoas, do Barra Seca e da Foz do Rio Doce, do Santa Maria da Vitória e do 
Guandu, todos da porção capixaba do Doce.

Também estava presente o procurador da Prefeitura de Colatina, Leonardo Souza, assim como o 
presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), Paulo Paim.

A ideia era esclarecer a todos sobre as ações que estão sendo tomadas pelo Iema e a AGERH em 
função da presença da lama de rejeitos da Samarco no Rio Doce e em sua foz, assim como as atividades 
que vêm sendo feitas pela Samarco e acompanhadas pelo Governo do Estado.

Na ocasião, o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rodrigo Júdice, que 
preside o CERH, destacou a importância da criação de um fundo por meio de negociações com o 
governo Federal e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo com o intuito de mitigar os danos 
causados a foz e para a sua recuperação.

“O Comitê do Doce já recebe recursos da Cobrança pelo Uso da Água para serem aplicados em prol de 
ações na bacia, como tratamento de esgoto, reflorestamento e desassoreamento. Nós reconhecemos 
o Plano de Recursos Hídricos do Doce já em andamento. O Estado também contribui com o 
Programa Reflorestar e a ANA com o Produtores de Água, assim como ONGs por meio do Instituto Terra 
com o Projeto Olhos D’Água. O que temos que pensar é como será a inclusão desses atores no 
processo de recuperação da foz. Há um interesse coletivo, mas precisamos nos organizar e temos 
elementos legais para isso”, afirmou.


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