quinta-feira, 19 de março de 2015

Unidades de saúde orientam para a importância do aleitamento materno em Vitória

Publicada em 19/03/2015, às 14h29

Semus Vitória
Gestantes recebem cursos e participam de palestras sobre aleitamento materno
Os cursos ofertados às gestantes abordam incentivam a prática da amamentação, além de promoverem visitas aos bancos de leite e domiciliares
O leite materno é o alimento ideal para o bebê e o momento da amamentação possui um valor que transcende esta alimentação.
É um momento de carinho, estreitamento e fortalecimento dos laços afetivos entre a mãe e o bebê. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) promove, em suas unidades de saúde, ações com o objetivo de incentivar a prática.
São cursos para gestantes abordando o tema, visitas a bancos de leite e visitas domiciliares nos primeiros dez dias de vida da criança.
Algumas unidades possuem o cantinho da amamentação onde a mãe recebe orientações sobre coleta e o armazenamento do leite materno, além de dicas sobre o conforto do bebê no momento da amamentação.
O pediatra deve fazer o acompanhamento já nas consultas pré e perinatal, pois, assim, estabelecerá a formação de um vínculo antes do nascimento da criança. Vários estudos têm mostrado que as consultas de acompanhamento nos períodos pré e perinatal conseguem reduzir a mortalidade materna e do recém-nascido.
De acordo com a referência técnica da saúde da criança, Eneida Fardim, o leite materno supre todas as necessidades nutricionais até os seis meses de idade. “Ele protege a criança da desnutrição e é mito dizer que o leite materno é fraco ou aguado”.

Composição

As orientações dão conta de que o bebê deve mamar logo após o nascimento. O leite dos primeiros dias após o parto é chamado de colostro e oferece grande proteção contra infecções. Eneida Fardim, que é médica pediatra, diz que “o colostro é a primeira vacina do bebê”.
A composição do leite materno fornece a água necessária para manter a criança hidratada, mesmo em temperaturas ambientais elevadas. Está sempre fresco, encontra-se na temperatura certa e pronto para beber. Sua composição nutricional balanceada contribui para o crescimento e desenvolvimento adequado do bebê.
Segundo a médica pediatra, a amamentação traz vantagens tanto para o bebê quanto para a mãe. “A criança amamentada ao seio estará protegida contra alergia e infecções, fortalecendo-se com os anticorpos da mãe e evitando problemas como diarreias, pneumonias, otites e meningites”.
Além disso, a amamentação é mais prática, mais econômica, e evita o risco de contaminação no preparo de outros leites. Favorece o desenvolvimento dos ossos e fortalece os músculos da face, facilitando o desenvolvimento da fala, regulando a respiração e prevenindo problemas na dentição. “As crianças amamentadas são mais tranquilas, inteligentes e mais felizes”, revela a médica.
Divulgação Semus
Cantinho da Amamentação US de Andorinhas
Algumas unidades possuem o cantinho da amamentação onde a mãe recebe orientações sobre coleta e o armazenamento do leite materno, além de dicas

Benefícios

Para as mães que amamentam, os benefícios são muitos: ela volta mais rapidamente ao seu peso normal, reduzindo os riscos de diabetes e infarto cardíaco. Também ajuda a reduzir a hemorragia após o parto e previne o câncer de mama e de ovário.
A mãe, ao oferecer o seio ao seu filho, transmite segurança, prazer e conforto. Ocorre liberação de hormônios, as endorfinas que aumentam a sensação de prazer e felicidade. “Além disso, melhora sua autoestima, ela sabe que o seu bebê está saudável porque está recebendo o alimento ideal: o seu leite! O ato de amamentar é muito mais que oferecer nutrientes, é oferecer amor”, completa a pediatra.
A alimentação da criança desde o nascimento e nos primeiros anos terá repercussão ao longo de toda a sua vida. A partir do sexto mês, devem ser introduzidos novos alimentos, mas o peito deve ser mantido pelo menos até os dois anos.
Dez passos para uma alimentação saudável para crianças menores de dois anos
  • Passo 1: dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.
  • Passo 2: a partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
  • Passo 3: a partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, verduras, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.
  • Passo 4: a alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.
  • Passo 5: a alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher, começando com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentando essa consistência até chegar à alimentação da família.
  • Passo 6: oferecer à criança diferentes alimentos ao longo do dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
  • Passo 7: estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
  • Passo 8: evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
  • Passo 9: cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequada.
  • Passo 10: estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus preferidos, respeitando sua aceitação.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)

Informações à imprensa:

Angela Angius (aangius@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3132-5063 / 98825-1102
Com edição de Deyvison Longui


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