Asscom/Sesa
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No caso de doadores adultos, pai, mãe, filhos, irmãos, avós, netos, marido e esposa, inclusive parceiros em relação homoafetiva que vivem em união estável, podem autorizar a captação de órgãos. |
O desejo de ser um doador de órgãos é do
indivíduo, mas, depois que a pessoa morre,
a decisão de autorizar ou não a retirada de
órgãos e tecidos para transplante cabe à
família. E você sabe quem, exatamente,
pode fazer essa escolha por você? Neste
Setembro Verde, período voltado
para a conscientização sobre a importância
da doação de órgãos, a Secretaria de Estado
da Saúde (Sesa) aproveita para
intensificar a divulgação de informações a
respeito do assunto.
Segundo a coordenadora da Central de
Transplantes do Espírito Santo, Rosemery
Erlacher, no caso de adultos, a autorização
pode ser concedida pelo cônjuge ou por um
parente de primeiro ou segundo grau maior
de idade, seja na linha reta ou colateral. Assim, pai, mãe, filhos, irmãos, avós, netos,
marido e esposa, inclusive parceiros em relação homoafetiva que vivem em união
estável (relação comprovada por meio de documentos aceitos em cartório), são as
pessoas legalmente amparadas para tomar a decisão de doar ou não os órgãos de
seu ente querido.
“Por outro lado, quando a família do potencial doador não é localizada, a legislação
brasileira impede a captação de órgãos. Um andarilho, por exemplo, que morre no hospital
e é um potencial doador, não pode ter seus órgãos doados se não houver alguém
legalmente responsável por ele para fazer a autorização”, detalha Rosemery.
E quando o potencial doador é uma criança? De acordo com a coordenadora da
Central de Transplantes do Espírito Santo, a remoção dos órgãos pode ser feita desde
que ambos os pais ou os responsáveis legais autorizem. Isso significa que quando a
mãe ou o pai não é localizado, a doação não pode ser autorizada apenas por uma
das partes. Neste caso, segundo Rosemery, pode acontecer de uma das partes
autorizar e um juiz decidir pela outra.
Ela ressalta que é muito importante o trabalho dos assistentes sociais nos hospitais,
pois são eles que, independentemente de o paciente ser um potencial doador de
órgãos ou não, vão em busca da família ou de alguém que tenha vínculo com a
pessoa. “É muito pequeno o número de pacientes não identificados. O serviço
social faz uma verdadeira investigação, muitas vezes, para localizar conhecidos,
amigos, família. Começa buscando quem levou o paciente para o hospital, de
onde a pessoa foi trazida e assim por diante”, comenta a coordenadora
da Central de Transplantes.
Manifeste seu desejo
Rosemery Erlacher orienta que, quem quer ser um doador e tem a oportunidade de
conversar com pai, mãe e parentes próximos sobre o assunto, que manifeste seu
desejo para a família. Ela enfatiza que o assunto deve ser debatido em casa, pois
o diálogo ajuda inclusive outras pessoas a mudarem de ideia.
“O que costumamos sugerir às pessoas quando realizamos ações de conscientização
é: coloque-se no lugar do outro. Em vez de pensar em si mesmo ou em um
parente doando órgãos, imagine você ou um dos seus precisando de um
órgão”, conclui a coordenadora da Central de Transplantes do Espírito Santo.
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