Seag
Comitiva visita, in loco, os programas SC Rural e Rio Rural
24/09/2015 - 18h34min
Os estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro receberam representantes do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), que foram conhecer de perto os programas SC Rural e Rio Rural. Ambos têm como desafio melhorar a qualidade de vida no campo, conciliando o aumento da renda do produtor com a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais.
Na ocasião, foram ver, in loco, as ações dos dois programas, o subsecretário de Desenvolvimento Agropecuário da Seag, Marcelo Suzart, o presidente do Incaper, Wanderley Stuhr e o diretor técnico do Incaper, Lúcio Herzog De Muner.
A Secretaria de Agricultura de Santa Catarina e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagre - SC) levou a comitiva para conhecer trabalhos realizados em duas agroindústrias na comunidade de Içara, em Criciúma; uma de embutidos e a outra de embalagens e congelamento de processados – ambas apoiadas pelo programa. Além disso, todos visitaram propriedades com produção de leite e de morango.
O SC Rural tem entre os seus principais objetivos fortalecer a agricultura familiar com a inclusão de novas alternativas econômicas agrícolas e não agrícolas, reestruturação dos processos e da gestão e diversificação das atividades dessas famílias, contribuindo para a superação de problemas que dificultam a inserção das suas atividades no mercado.
Para Suzart, a missão de acompanhar os erros e os acertos das experiências de outros estados “vai nos dar velocidade” para construir uma proposta sólida e promissora, considerando a realidade do Espírito Santo. “Essas metodologias das bacias hidrográficas são adequadas para transformar o meio rural de maneira sustentável”, completou.
Para o secretário executivo do SC Rural, Julio Cezar Bodanese, “a somatória de esforços assegura à pequena propriedade não apenas o seu fortalecimento, mas também a conquista de um espaço definitivo na economia rural”.
Em seguida, a Secretaria de Agricultura do Rio de Janeiro e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RJ) mostraram algumas ações de apoio às demandas de recuperações pontuais de estradas produtivas, seja na pavimentação por compactação, seja por material de bica corrida. Ações de drenos para evitar erosão nas estradas, bem como drenagem para o escoamento das águas das chuvas, que também fazem parte do programa.
O Rio Rural incentiva a adoção de sistemas produtivos sustentáveis, com técnicas mais eficientes e ambientalmente adequadas. Para atingir este objetivo, desenvolve uma estratégia de ação com as comunidades que vivem nas microbacias hidrográficas, espaços geográficos delimitados pela rede hídrica (nascentes, córregos, rios, aquíferos etc.)
Segundo Marcelo Suzart, “diante do cenário de crise hídrica que o Estado e o país vivenciam, toda ação de desenvolvimento rural necessita estar vinculada à conservação ambiental”.
Para o diretor técnico do Incaper, Lúcio De Muner, “quando observamos as experiências de outros estados, ganhamos tempo para que possamos elaborar as nossas”.
Para De Muner, tais propostas são divididas em três dimensões: em sustentabilidade, com foco nos recursos naturais voltados para a preservação e uso da água; social, com a organização dos produtores, associações e cooperativas e, por fim, a agregação de valor ao produto relacionado à melhor comercialização e desenvolvimento das agroindústrias para a geração de renda e emprego para as famílias. “É um grande desafio que é dado também para o Incaper e com certeza, vamos fomentar essas ações no Estado”, concluiu.
SC Rural
Em Santa Catarina, o programa SC Rural é uma continuação de um esforço que iniciou em 1984 com o primeiro projeto, denominado Microbacias 1. O Governo do Estado e o Banco Mundial selaram uma parceria que há 30 anos contribui para o desenvolvimento sustentável do meio rural catarinense.
O Microbacias 1 começou com três projetos piloto na Bacia do Rio Itajaí e após alguns anos de envolvimento com mais de 60 municípios, no trabalho de conservação do solo e água, em 1991 o Governo do Estado iniciou o projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas. O projeto desenvolveu abordagens inovadoras buscando aumentar a cobertura vegetal dos solos, melhorando a infiltração da água, controlando o escorrimento superficial e a erosão das lavouras.
Em 2002, o Governo do Estado com o apoio do Banco Mundial, iniciou o Programa de Recuperação Ambiental e de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (Prapem), ou Microbacias II, com o intuito de fomentar ações nas áreas social e econômica, para o fortalecimento e sustentabilidade da agricultura familiar. O objetivo era promover ações integradas para estimular o desenvolvimento econômico, ambiental e social do meio rural catarinense, de forma sustentável e com a participação popular. Para que essas ações tivessem êxito, 936 Associações de Desenvolvimento de Microbacias (ADMs) foram formalizadas nas áreas de trabalho selecionadas.
Por fim, chegou a vez do o programa Microbacias III, denominado como SC Rural. Como política pública sustentável, o SC Rural está alicerçado em diversos investimentos, inclusive financiados pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), com período de execução entre 2010 e 2016.
Rio Rural
A metodologia das ações deste programa parte da avaliação e acompanhamento das diversas microbacias, junto à comunidade que, por sua vez, atua de maneira participativa junto aos comitês das microbacias. Os produtores devem apresentar os seus projetos e junto a isso, as demandas dos comitês também são identificadas, a partir de diagnósticos e problemas hierarquizados.
O programa incentiva a adoção de sistemas produtivos sustentáveis, com técnicas mais eficientes e ambientalmente adequadas. Até 2018, serão investidos US$ 233 milhões em ações de desenvolvimento, beneficiando 48 mil agricultores familiares residentes em 366 microbacias de 72 municípios.
As comunidades das microbacias hidrográficas, que vivem principalmente da atividade agropecuária, são as principais beneficiárias do Rio Rural. Os agricultores recebem apoio técnico e financeiro para a adoção de boas práticas e são estimulados pelo programa a se tornarem protagonistas do processo de desenvolvimento, desde o planejamento das ações até o monitoramento e avaliação de resultados.
Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Social da Seag
Daniel Simões
27 98849 9814 - 27 3636-3700
Assessoria de Comunicação do Incaper
Tatiana Caus e Vanessa Capucho
Texto: Tatiana Caus
Telefones: (27) 3636-3675 – 98817 4783
Na ocasião, foram ver, in loco, as ações dos dois programas, o subsecretário de Desenvolvimento Agropecuário da Seag, Marcelo Suzart, o presidente do Incaper, Wanderley Stuhr e o diretor técnico do Incaper, Lúcio Herzog De Muner.
A Secretaria de Agricultura de Santa Catarina e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagre - SC) levou a comitiva para conhecer trabalhos realizados em duas agroindústrias na comunidade de Içara, em Criciúma; uma de embutidos e a outra de embalagens e congelamento de processados – ambas apoiadas pelo programa. Além disso, todos visitaram propriedades com produção de leite e de morango.
O SC Rural tem entre os seus principais objetivos fortalecer a agricultura familiar com a inclusão de novas alternativas econômicas agrícolas e não agrícolas, reestruturação dos processos e da gestão e diversificação das atividades dessas famílias, contribuindo para a superação de problemas que dificultam a inserção das suas atividades no mercado.
Para Suzart, a missão de acompanhar os erros e os acertos das experiências de outros estados “vai nos dar velocidade” para construir uma proposta sólida e promissora, considerando a realidade do Espírito Santo. “Essas metodologias das bacias hidrográficas são adequadas para transformar o meio rural de maneira sustentável”, completou.
Para o secretário executivo do SC Rural, Julio Cezar Bodanese, “a somatória de esforços assegura à pequena propriedade não apenas o seu fortalecimento, mas também a conquista de um espaço definitivo na economia rural”.
Em seguida, a Secretaria de Agricultura do Rio de Janeiro e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RJ) mostraram algumas ações de apoio às demandas de recuperações pontuais de estradas produtivas, seja na pavimentação por compactação, seja por material de bica corrida. Ações de drenos para evitar erosão nas estradas, bem como drenagem para o escoamento das águas das chuvas, que também fazem parte do programa.
O Rio Rural incentiva a adoção de sistemas produtivos sustentáveis, com técnicas mais eficientes e ambientalmente adequadas. Para atingir este objetivo, desenvolve uma estratégia de ação com as comunidades que vivem nas microbacias hidrográficas, espaços geográficos delimitados pela rede hídrica (nascentes, córregos, rios, aquíferos etc.)
Segundo Marcelo Suzart, “diante do cenário de crise hídrica que o Estado e o país vivenciam, toda ação de desenvolvimento rural necessita estar vinculada à conservação ambiental”.
Para o diretor técnico do Incaper, Lúcio De Muner, “quando observamos as experiências de outros estados, ganhamos tempo para que possamos elaborar as nossas”.
Para De Muner, tais propostas são divididas em três dimensões: em sustentabilidade, com foco nos recursos naturais voltados para a preservação e uso da água; social, com a organização dos produtores, associações e cooperativas e, por fim, a agregação de valor ao produto relacionado à melhor comercialização e desenvolvimento das agroindústrias para a geração de renda e emprego para as famílias. “É um grande desafio que é dado também para o Incaper e com certeza, vamos fomentar essas ações no Estado”, concluiu.
SC Rural
Em Santa Catarina, o programa SC Rural é uma continuação de um esforço que iniciou em 1984 com o primeiro projeto, denominado Microbacias 1. O Governo do Estado e o Banco Mundial selaram uma parceria que há 30 anos contribui para o desenvolvimento sustentável do meio rural catarinense.
O Microbacias 1 começou com três projetos piloto na Bacia do Rio Itajaí e após alguns anos de envolvimento com mais de 60 municípios, no trabalho de conservação do solo e água, em 1991 o Governo do Estado iniciou o projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas. O projeto desenvolveu abordagens inovadoras buscando aumentar a cobertura vegetal dos solos, melhorando a infiltração da água, controlando o escorrimento superficial e a erosão das lavouras.
Em 2002, o Governo do Estado com o apoio do Banco Mundial, iniciou o Programa de Recuperação Ambiental e de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (Prapem), ou Microbacias II, com o intuito de fomentar ações nas áreas social e econômica, para o fortalecimento e sustentabilidade da agricultura familiar. O objetivo era promover ações integradas para estimular o desenvolvimento econômico, ambiental e social do meio rural catarinense, de forma sustentável e com a participação popular. Para que essas ações tivessem êxito, 936 Associações de Desenvolvimento de Microbacias (ADMs) foram formalizadas nas áreas de trabalho selecionadas.
Por fim, chegou a vez do o programa Microbacias III, denominado como SC Rural. Como política pública sustentável, o SC Rural está alicerçado em diversos investimentos, inclusive financiados pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), com período de execução entre 2010 e 2016.
Rio Rural
A metodologia das ações deste programa parte da avaliação e acompanhamento das diversas microbacias, junto à comunidade que, por sua vez, atua de maneira participativa junto aos comitês das microbacias. Os produtores devem apresentar os seus projetos e junto a isso, as demandas dos comitês também são identificadas, a partir de diagnósticos e problemas hierarquizados.
O programa incentiva a adoção de sistemas produtivos sustentáveis, com técnicas mais eficientes e ambientalmente adequadas. Até 2018, serão investidos US$ 233 milhões em ações de desenvolvimento, beneficiando 48 mil agricultores familiares residentes em 366 microbacias de 72 municípios.
As comunidades das microbacias hidrográficas, que vivem principalmente da atividade agropecuária, são as principais beneficiárias do Rio Rural. Os agricultores recebem apoio técnico e financeiro para a adoção de boas práticas e são estimulados pelo programa a se tornarem protagonistas do processo de desenvolvimento, desde o planejamento das ações até o monitoramento e avaliação de resultados.
Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Social da Seag
Daniel Simões
27 98849 9814 - 27 3636-3700
Assessoria de Comunicação do Incaper
Tatiana Caus e Vanessa Capucho
Texto: Tatiana Caus
Telefones: (27) 3636-3675 – 98817 4783
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