Incaper
Dário Martinelli era um visionário da qualidade do café
04/09/2015 - 16h17min
A cafeicultura capixaba está em luto. Produtores, pesquisadores e extensionistas do café capixaba, sobretudo do Conilon, lamentam a morte de Dário Martinelli. “Pela história que este homem tem na cafeicultura do Espírito Santo, ele é considerado, sem dúvida, o ‘pai’ do Conilon no Estado. A gente perde uma referência, um amigo do café. Amigo é justamente aquela pessoa leal, que sempre está junto, que defende, que é propositiva, uma pessoa presente. A gente perde um grande amigo do Conilon”, emocionou-se Romário Gava Ferrão, pesquisador do Incaper e coordenador do programa estadual de cafeicultura, em nome de toda a equipe da cafeicultura capixaba.
“A história do Conilon capixaba se confunde com a biografia do doutor Dário. Um homem visionário, um dos pioneiros na implantação da cafeicultura do Conilon desde 1970, após a erradicação do café. A primeira lavoura técnica implantada no Espírito Santo foi na propriedade dele. Ele foi um grande pioneiro, um grande articulador de tudo o que aconteceu na cafeicultura de Conilon, e sempre teve um trabalho muito articulado com o Incaper. Todo o Incaper se sente consternado pela perda desse grande ícone, que a gente considera uma lenda do café Conilon. Perdemos. Mas ele deixou para nós um exemplo de sabedoria. Um homem que sempre conviveu muito bem com todos os elos da cadeia produtiva, especialmente conosco do Incaper. Perdemos um grande amigo”, disse, pesaroso, Lucio De Muner, diretor-técnico do Incaper.
Martinelli foi um dos primeiros produtores rurais a investir na cafeicultura de Coffea canephora no Espírito Santo. “O Conilon só existia em coleções. Ele tirou aquele café da coleção e colocou em campo, participando ativamente de toda a evolução. Graças a essa visão, só no Espírito Santo são 78 mil famílias que têm a cafeicultura de Conilon como principal atividade”, disse Ferrão. Ele enfrentou erradicação de lavouras inteiras, ajudou a defender o cultivo do Conilon e foi um dos grandes responsáveis pela evolução da produção capixaba. Defensor da excelência, Martinelli foi pioneiro na implantação de estrutura para a produção do cereja descascado, e incentivou a realização de concursos de qualidade do café Conilon.
“Ele era um visionário da qualidade do café. Um café que era discriminado, era visto como ruim, chegou ao mercado de cafés superiores graças também ao trabalho de Dário Martinelli. Ele ajudou a refazer a imagem do Conilon. Participou de todos os concursos de qualidade de São Gabriel da Palha e foi vencedor em todos eles. Não necessariamente em primeiro lugar, mas ele sempre ganhou prêmios. Ele sempre acreditou nesse café. Convivi com o doutor Dário por vários anos. Não há ninguém que mereça mais homenagens do que ele, em relação ao cultivo de café Conilon. Tudo começou com ele, e ele fez tudo pelo café”, disse João Luís Perini, chefe do Escritório Local de Desenvolvimento Rural do Incaper em São Gabriel da Palha.
Além de produtor rural, Martinelli presidiu o Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf), a Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) e o Conselho de Desenvolvimento da Política Cafeeira (CDPC). Foi um dos fundadores do Sicoob. Foi deputado estadual, prefeito de São Gabriel da Palha por dois mandatos e vereador, compondo a primeira Câmara Municipal, da qual foi presidente. “Ele sempre fez isso de forma natural e simples. Essa é a percepção que eu tenho e dou muito valor. As coisas dele foram construídas com simplicidade e naturalidade. Todos estamos muito tristes com esta perda. Lamentamos muito e prestamos nossa solidariedade a toda a família. Ele continuará no coração dos produtores, pesquisadores e extensionistas do Incaper”, finalizou Ferrão.
Dario Martinelli, de 82 anos, morreu nesta quinta-feira (03) em São Paulo, em decorrência de problemas cardíacos. O corpo será velado nesta sexta-feira (04), a partir das 13h, no plenário da Câmara de Vereadores de São Gabriel da Palha. O sepultamento deve ser realizado no sábado (05), às 10h, no município.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Incaper
Juliana Esteves de Abreu – juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatianacaus@seag.es.gov.br
Texto: Juliana Esteves de Abreu
Telefones: (27) 3636-3673/ (27) 3636-3689/ (27) 3636 3659/ (27) 98849-6999
“A história do Conilon capixaba se confunde com a biografia do doutor Dário. Um homem visionário, um dos pioneiros na implantação da cafeicultura do Conilon desde 1970, após a erradicação do café. A primeira lavoura técnica implantada no Espírito Santo foi na propriedade dele. Ele foi um grande pioneiro, um grande articulador de tudo o que aconteceu na cafeicultura de Conilon, e sempre teve um trabalho muito articulado com o Incaper. Todo o Incaper se sente consternado pela perda desse grande ícone, que a gente considera uma lenda do café Conilon. Perdemos. Mas ele deixou para nós um exemplo de sabedoria. Um homem que sempre conviveu muito bem com todos os elos da cadeia produtiva, especialmente conosco do Incaper. Perdemos um grande amigo”, disse, pesaroso, Lucio De Muner, diretor-técnico do Incaper.
Martinelli foi um dos primeiros produtores rurais a investir na cafeicultura de Coffea canephora no Espírito Santo. “O Conilon só existia em coleções. Ele tirou aquele café da coleção e colocou em campo, participando ativamente de toda a evolução. Graças a essa visão, só no Espírito Santo são 78 mil famílias que têm a cafeicultura de Conilon como principal atividade”, disse Ferrão. Ele enfrentou erradicação de lavouras inteiras, ajudou a defender o cultivo do Conilon e foi um dos grandes responsáveis pela evolução da produção capixaba. Defensor da excelência, Martinelli foi pioneiro na implantação de estrutura para a produção do cereja descascado, e incentivou a realização de concursos de qualidade do café Conilon.
“Ele era um visionário da qualidade do café. Um café que era discriminado, era visto como ruim, chegou ao mercado de cafés superiores graças também ao trabalho de Dário Martinelli. Ele ajudou a refazer a imagem do Conilon. Participou de todos os concursos de qualidade de São Gabriel da Palha e foi vencedor em todos eles. Não necessariamente em primeiro lugar, mas ele sempre ganhou prêmios. Ele sempre acreditou nesse café. Convivi com o doutor Dário por vários anos. Não há ninguém que mereça mais homenagens do que ele, em relação ao cultivo de café Conilon. Tudo começou com ele, e ele fez tudo pelo café”, disse João Luís Perini, chefe do Escritório Local de Desenvolvimento Rural do Incaper em São Gabriel da Palha.
Além de produtor rural, Martinelli presidiu o Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf), a Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) e o Conselho de Desenvolvimento da Política Cafeeira (CDPC). Foi um dos fundadores do Sicoob. Foi deputado estadual, prefeito de São Gabriel da Palha por dois mandatos e vereador, compondo a primeira Câmara Municipal, da qual foi presidente. “Ele sempre fez isso de forma natural e simples. Essa é a percepção que eu tenho e dou muito valor. As coisas dele foram construídas com simplicidade e naturalidade. Todos estamos muito tristes com esta perda. Lamentamos muito e prestamos nossa solidariedade a toda a família. Ele continuará no coração dos produtores, pesquisadores e extensionistas do Incaper”, finalizou Ferrão.
Dario Martinelli, de 82 anos, morreu nesta quinta-feira (03) em São Paulo, em decorrência de problemas cardíacos. O corpo será velado nesta sexta-feira (04), a partir das 13h, no plenário da Câmara de Vereadores de São Gabriel da Palha. O sepultamento deve ser realizado no sábado (05), às 10h, no município.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Incaper
Juliana Esteves de Abreu – juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatianacaus@seag.es.gov.br
Texto: Juliana Esteves de Abreu
Telefones: (27) 3636-3673/ (27) 3636-3689/ (27) 3636 3659/ (27) 98849-6999
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