A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) ampliou a área destinada ao cultivo de hortaliças e leguminosas da Penitenciária Regional de São Mateus (PRSM). A horta, que antes se limitava a um pequeno espaço dentro da unidade, agora conta com mais 10 mil m² de terreno.
A nova horta está sendo cultivada em uma fazenda cedida à Sejus pelo Incaper. A área, localizada ao lado da unidade, possui 100 hectares de terra. Por meio de um contrato de comodato, a Secretaria de Justiça fica responsável pelo cuidado da área.
Os 10 mil m² já em uso recebem os cuidados diários de oito internos da penitenciária há, aproximadamente, cinco meses. Nesse espaço estão sendo cultivadas hortaliças como alface, couve, tempero verde, rabanete, aipim e cenoura. Somente de alface, são colhidos 100 pés por dia. Já a produção mensal de aipim é de cerca de 160 kg, a de cenoura 62 kg e a de rabanete 60 kg.
Todos os produtos da horta são aproveitados pela unidade que, por ser administrada no modelo de cogestão, entre a Sejus e a empresa Reviver, possui cozinha interna. Dessa forma os alimentos são preparados para consumo interno e servidos tanto para os detentos quanto para os agentes.
Para ter o melhor aproveitamento possível da terra cultivada, os internos escolhidos para trabalhar na fazenda fazem parte de um grupo já capacitado pela Sejus junto a outros 22 reeducandos da unidade. Eles participaram do curso de ‘Horticultor’, ofertado pelo Senar entre os meses de novembro de 2012 e março de 2013 e financiado pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Ou seja, já possuíam noções básicas de horticultura.
Além dessa capacitação inicial, os internos vêm recebendo orientações técnicas sobre o manejo com o solo e plantas. As informações são dadas pelo agrônomo e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Adriano Alves Fernandes, que atua voluntariamente. Os reeducandos também são acompanhados por dois agentes, Julio Cesar Barbosa e Jeferson Conceição.
O trabalho realizado pelos internos na horta é remunerado pela empresa Reviver Administração Prisional. Além do salário, os presos também são beneficiados com a remição de pena, benefício de redução de um dia da pena para cada três trabalhados. Conforme determinado pelo Programa de Pagamento ao Trabalhador Preso, uma parte do salário vai diretamente para uma conta pecúlio, em nome do interno, outra parte vai para família e a terceira, para o preso e o dinheiro da conta pecúlio só pode ser retirado quando a pessoa é beneficiada com a liberdade.
Estrutura
A fazenda possui uma boa estrutura e está aos poucos recebendo as manutenções necessárias para ser usada em sua totalidade e empregar mais internos capacitados. Dentre os itens que compõem a estrutura da fazenda destacam-se 80 mil m² de pastagem já recuperada, mais 9 mil m² de área ocupada por um pomar de laranja, árvores seringueiras e capineira, cerca de 30 mil m² de área para cultivo de milho e feijão, além de 28 mangueiras e 15 jambeiros. Há ainda um conjunto de irrigação, um galpão de 70 m², um trator e implementos agrícolas completos.
A produção da fazenda não ficará ligada somente à horta, mas também à produção de leite, aproveitando as 33 cabeças de gado e o curral de aproximadamente 4 km de cerca. Atualmente, somente três vacas estão com bezerros novos e, assim, produzindo leite, por volta de 25 litros diários.
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