quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Tutti insieme. Todos juntos: memórias de imigrantes italianos.


De Santa Teresa, me chega o livro:
TUTTI INSIEME -
TODOS JUNTOS: MEMÓRIAS DE IMIGRANTES ITALIANOS.
Jussara Teresa Sepulcri Rosalem e Regina Celis Sepulcri Salaroli, depois de mergulharem na história construiram uma obra de 408 páginas, repleto de fotos e fatos.
Ainda estou na página 27, mas cinco trechos me chamaram a atenção e quero dividir com você.

       Na apresentação, na página 11, Leusa Coser, nos brinda com um desafio.
       -Quem somos nós? De onde vem a força que nos move? Ao conhecer a história de cada família, compreendemos os verdadeiros alicerces que as fizeram vitoriosas: a coragem de ir em frente, a ajuda mútua, o dever a cumprir, a determinação, o zelo, o amor. Mulheres fortes, corajosas, destemidas, prendadas, zelosas, mães carinhosas: homens trabalhadores, envolvidos pelos elos familiares, determinados, movidos pelo exemplo. Nas casas muito simples, porém acolhedoras, crianças brincam soltas e livres, mas, desde cedo, com suas atribuições.

       Já na página 13 as autoras justificam a empreitada:
       - Então pensamos que estávamos devendo o registro da história de nossos ancestrais às gerações atuais e futurs. Refletimos que esta era a hora de preservar a memória dos nossos antepassados, deixando-as registrada num livro, porque somos a geração intermediária entre as três anteriores e as quatro atuais e, se deixássemos passar esta geração, nossa história poderia se perder. Trazemos os nomes e os fatos, vivos e latentes, dentro de nós, porque convivemos com a geração de nossos avós e dos nossos pais que, por sua vez, conviveram com nossos bisavós que tinham bem claro dentro de si quem eram nossos ancestrais, de onde vieram, por que imigraram.

       Já estamos no capítulo I, onde esta a Família Coser. As autoras foram a Itália na região de Trentino Alto-Adige e que :
       -Adentrar a igreja de San Modesto no 2000 foi como retroceder no tempo um século antes e, junto com Eugenio Coser e Fortunata Friz, e seus oito filhos: Valério (nosso avô), Giulia, Carlotta, Paolo, Carlo, Maria, Giovanni Battista e Izidoro, percorrer seus átrios, pegar a certidão de batismo naquele 12 de agosto de 1897 e fazer os procedimentos legais para empreender a longa viagem às terras brasileiras, com destino a Várzea Alegre, interior de Santa Teresa/ES.

        Quando chegamos a página 25 as autoras mostram que no intercâmbio entre Brasil e Itália um fato merece destaque:
        -Qundo Walfredo Zamprogno, neto de Carlotta Coser, era cônsul italiano no Espírito Santo, ele organizava, anualmente, excursões para a Itália, onde muitos descendentes italianos poderiam conhecer a terra de seus pais. Marcelina Coser Zanotti participou de um desses grupos. Ao retornar ela nos contou, emocionada, que estava em uma praça, numa cidadezinha do Trento, quando falou alto para as pessoas que estavam ali:
       -Tem alguém aqui que é parente de Coser.
 Uma senhor questionou:
       -De que Coser você é?
Ela repondeu:
       -Eu sou Coser Tosei.
       -Então nós somos parentes, respondeu a senhora. A minha casa é aquela ali, quero que você entre, pelo menos um instante, para tomar um copo de vinho comigo.
       -Foi uma alegria só.

        Na página 26 um relato de um fato acontecido nos Estados Unidos, entre 1987 e 1991, quando Stelamaris Coser fazia doutorado e descobriu sociólogo Lewis Alfred Coser e escreveu para ele para saber se eram parentes. A foi negativa, mas com uma explicação. O sociólogo era na realidade da família judia Cohen, com a perseguição na Alemanha de Hitler o seu pai mudou para Coser "para protegê-los da pobreza e da morte. Queria um nome seguro, que não despertasse suspeitas: procurou no catálogo telefonico e o sobrenome Coser lhe pareceu uma boa solução, pois se aproximava de Cohen e não atrairia a atenção dos nazistas.
      -Mesmo após o final da Guerra e a possibilidade de uma vida mais tranquila nos Estados Unidos, o professor sociólogo decidiu manter o nome escolhido pelo pai. A história tem o lado triste e absurdo, ao mostrar que, em plena Europa do século XX, foi preciso essa familia negar o próprio nome e esconder  sua identidade para conseguir sobreviver. Por outro lado, a história tem um lado emocionante para a Família Coser, pois esse nome, que é nosso orgulho, serviu também de abrigo e salvação para quem o escolheu em situação de necessidade e urgência.

       Como dito no início deste texto, parei na página 27. Prometo trazer mais informações nas 381 páginas que me faltam vencer. O livro no Capítulo I - Família Coser, Capítulo II, Família Loss Vincens e Pugnal, Capítulo III, Em busca de nossas raízes e no Capítul IV - dos Irmãos Coser
       Em tempo o livro foi enviado por Eliton Stanger e Viviane Mattielo Stanger.


3 comentários:

  1. Muito legal, minha esposa 'e decendente da familia Sperandio e "Loss Pugnal". Gostaria este presente para ela. Onde encontro o Livro?
    Abraco

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    1. Meu email é sepulcri3@Hotmail.com.brEntre em contato. Somente hoje fui ver esta mensagem. Mil desculpas

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  2. Bom. Tambem sou Cozzer ( é, o meu é erradinho, rsrsrs) mais busquei muito os antepassados do meu avô, Geraldo João Cozzer. E na linhagem, o bisavô dele é Giovanni Batisti. Será então que seria a historia dos meus ascendentes diretos? Amei a história e procurarei o livro com toda a certeza. Daiane Cozzer Ferrasso.

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