terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Caso Sucumbíos: Cinco anos de impunidade e famílias pedem justiça



 
Rogéria Araújo
Jornalista da Adital
Adital
No dia 1 de março de 2008, uma tarefa realizada pelas forças áreas da Colômbia invadiu e bombardeou uma área em Sucumbíos, no Equador, causando a morte de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e de quatro estudantes mexicanos. Passados quase 5 anos, a Associação de Pais e Familiares das Vítimas de Sucumbíos, a Liga Mexicana pela Defesa dos Direitos Humanos e a Fundação Regional de Assessoria em Direitos Humanos relembram o caso e pedem justiça.
Chama a atenção das organizações que próximo a completar mais um aniversário de impunidade, o governo mexicano – liderado por Enrique Peña Nieto – queira a assessoria oficial, em matéria de segurança pública, do general Óscar Naranjo Trujillo que, em 2008, exercia o cargo de diretor da Polícia Nacional da Colômbia.
"Nos preocupa que [Peña Nieto] queira exportar ao México o modelo de segurança colombiano, um modelo de violência, guerra e morte que deixou profundas feridas naquele povo irmão, com milhares de execuções extrajudiciais, de desaparecidos, nós não queremos isso em nosso país”, afirmaram em comunicado conjunto.
O fato já foi motivo de uma campanha para impedir que o general tenha a função de assessorar a segurança no país. Em outubro passado, as organizações lançaram uma iniciativa para coletar assinaturas contra a intenção do presidente mexicano. Hoje já são 5 mil assinaturas que respaldam o pedido das organizações que não querem a presença de Óscar Naranjo.
As assinaturas serão entregues à Mesa Diretiva do Congresso da União para expressar a vontade do povo mexicano. Além disso, faz parte de uma série de ações que serão realizadas pelos 5 anos de impunidade do caso Sucumbíos no México e no Equador.
"No marco dos 5 anos realizaremos diferentes atividades pela memória e pela justiça em nosso país mas também anunciamos que há cinco anos do massacre são agora os país e familiares que estão no Equador para levantar sua voz e pedir que as investigações jurídicas sigam seu cursos e os culpados sejam punidos”, afirmaram.
No momento, uma delegação com representante das organizações se encontra no Equador, onde agendaram várias reuniões com autoridades e outros representantes de direitos humanos para levar o assunto adiante.

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