Asscom/Sesa
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A gripe pode complicar doenças cardíacas e levar pessoas idosas, principalmente, a sofrer infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. |
Para atuar na campanha nacional
de vacinação contra a gripe que
começa nesta segunda-feira (04) e
vai até o dia 22 de maio, a
estimativa é o funcionamento de
530 postos em todo o Estado. Pelo
menos 674 mil pessoas no Espírito
Santo serão imunizadas contra o vírus.
A dose da vacina contra a gripe atua
no organismo como estímulo
do sistema imunológico a produzir
anticorpos contra a doença, pois
é injetado o antígeno, ou seja, os
vírus mortos.
A campanha tem como público-alvo
crianças de 06 meses a menores de
5 anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas;
gestantes; mulheres com até 45 dias após o parto; portadores de doenças crônicas;
população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
No Espírito Santo, o público-alvo é composto por 842.608 pessoas, e a expectativa
é de que sejam vacinadas pelo menos 80% delas, ou seja, 674.086 pessoas.
O Dia D está marcado para 09 de maio. Nesta data, um sábado, os municípios vão
intensificar a vacinação abrindo as unidades de saúde e disponibilizando postos
volantes, medida que visa facilitar a vida da população, principalmente de pais
e de pessoas responsáveis pelo cuidado de idosos que trabalham durante a semana.
Segundo a referência técnica do Programa Estadual de Imunizações, Martina Zanotti,
o público-alvo da campanha são pessoas com maior tendência para desenvolver
complicações em decorrência da gripe, seja porque possuem o sistema menos
desenvolvido, no caso das crianças, ou porque têm o organismo mais debilitado,
como é o caso de idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas.
“Vale lembrar que a vacina aplicada na gestante protege também o bebê. O corpo
da mãe produz anticorpos e os transmite para a criança pela placenta. Assim,
o bebê fica parcialmente imunizado enquanto não recebe a primeira dose da
vacina, que é aplicada aos 06 meses”, acrescenta Martina Zanotti.
De acordo com a referência técnica, a campanha será realizada no momento
adequado, pois o período ideal para vacinação contra gripe é o outono, entre
os meses de março e maio. Ela explica que a vacina leva até 14 dias para fazer
efeito e começar a proteger a pessoa, e que o importante é que prazo seja
cumprido antes do inverno.
Gripe não é resfriado
Assim como a gripe, o resfriado é causado por vírus. Alguns sintomas entre as duas doenças também são parecidos, como presença de coriza nasal, dor de garganta e mal-estar. Mas as semelhanças param por aí. A gripe, ao contrário do resfriado, pode desencadear complicações graves e até levar à morte.
Entre os sintomas da gripe estão febre alta, com duração maior do que no resfriado, e mal-estar generalizado, inclusive com dor no corpo. A pessoa fica prostrada, pode ter coriza nasal, dor de garganta e perda de apetite. São sintomas que deixam a pessoa de cama. “A gripe não leva necessariamente à internação, mas alguns casos podem evoluir para pneumonia e outras complicações que necessitam de cuidado hospitalar”, detalha Martina Zanotti.
A referência técnica do Programa Estadual de Imunizações esclarece ainda que um quadro de gripe pode complicar doenças cardíacas e levar pessoas idosas, principalmente, a ter infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame). Daí a importância de todas as pessoas que compõem o público-alvo da campanha ficarem atentas ao período de vacinação para que sejam imunizados.
Saiba mais
Como a vacina age no organismo para protegê-lo contra o vírus da gripe? A vacina é composta por vírus mortos. Injetando o antígeno na pessoa, estimula-se o sistema imunológico a produzir anticorpos contra a doença. Assim, a pessoa que tem contato com o vírus já tem o anticorpo para combatê-lo e não desenvolve a doença. E quando desenvolve, ela vem de forma mais branda, sem complicações.
Contra quais vírus a vacina ofertada na campanha protege? A vacina ofertada na campanha é trivalente, composta pelo vírus A, subtipos H1N1 e H3N2, e pelo vírus B, portanto, é contra esses tipos de vírus influenza que a vacina protege. Apesar de esses vírus serem os mais prevalentes, há uma infinidade de outros que causam gripe, por isso é possível que mesmo quem for imunizado desenvolva a doença.
Mesmo depois de vacinada a pessoa pode pegar gripe? A vacina contra gripe é feita de vírus mortos, portanto, não existe a possibilidade de a pessoa pegar gripe por que tomou a vacina. Mas ela pode sim adoecer se o vírus estiver incubado antes da vacinação (o vírus pode ficar até sete dias no corpo antes de se manifestar). Outra possibilidade é a pessoa ser infectada por um vírus diferente daqueles que compõem a vacina.
Por que a vacina da gripe deve ser tomada todo ano? Porque a proteção dura cerca de um ano. E a cada ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) verifica quais cepas (subtipos de vírus) estão circulando para que a vacina seja produzida a partir das cepas mais prevalentes.
A vacina contra gripe gera reações adversas? Gera reações leves, que costumam ser resolvidas nas primeiras 48 horas após a vacinação. As principais reações são febre, dor de cabeça e dor no corpo. A recomendação é usar compressa fria no local da aplicação e tomar analgésico quando necessário. Em caso de complicação, é importante procurar um médico ou solicitar orientação no posto onde a vacina foi aplicada.
A vacina contra gripe possui alguma restrição? Sim. Quem tem alergia grave a ovo ou desenvolveu alergia grave à dose anterior contra a gripe não deve receber a vacina. Em caso de dúvida, consulte um médico.
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