Controle de lagartas é tema de encontro com agricultores em Cachoeiro

Inseto está atacando pastagens em Cachoeiro

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de Cachoeiro de Itapemirim promove um encontro com produtores rurais nesta quarta-feira (27) para tratar do avanço de lagartas sobre pastagens em propriedades do município. O evento será às 8h, no auditório da Selita.

Para esclarecimentos a respeito da praga, da espécie Strodoptera frugiperda, mais conhecida como lagarta militar, haverá palestra do professor doutor em entomologia Dirceu Pratissoli, que coordena o Núcleo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Manejo Fitossanitário (Nudemafi) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). 

O objetivo do encontro é dar apoio técnico aos produtores, para que junto com a prefeitura, possam traçar ações de controle e evitar maiores prejuízos financeiros no campo. Além de servidores municipais, também estarão presentes técnicos do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) e o entomologista e professor da Ufes, Dirceu Pratissoli.

As áreas mais afetadas são as pastagens de Pacotuba. “O distrito vinha sofrendo com a falta de chuva, que não permitia que o capim crescesse. Choveu e, quando ele começou a brotar, as lagartas atacaram. Estamos tomando medidas rápidas para evitar mais transtornos: assim que soubemos, mandamos técnicos a campo, que colheram a lagarta e levaram para análise de entomologista. Agora, estamos marcando esse encontro para darmos os próximos passos”, explica o secretário municipal de Agricultura, José Arcanjo Nunes.

Outras regiões já afetadas

Outras localidades já registraram ataques de lagartas, como o Assentamento Nova Safra, São Vicente e Santa Tereza. A praga vem se alastrando pela região sul do Espírito Santo e já afetou os municípios de Alegre e Jerônimo Monteiro. 

A lagarta é nativa da flora local, mas acredita-se que o desequilíbrio ambiental, que acarretou a diminuição dos predadores, tenha permitido o ataque às pastagens.

“A forma de evitar o aumento do problema é agirmos, todos juntos, logo no início, monitorando e fazendo o controle ambiental de forma natural”, avalia José Arcanjo.  


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