A Prefeitura de Nova Venécia, por meio da Secretaria de Saúde, oferece o tratamento de equoterapia para pacientes portadores de síndromes e deficiências físicas. O tratamento é realizado todas as terças-feiras de manhã e à tarde, no Parque de Exposições de Nova Venécia e tem mudado a vida de muitas pessoas.
A equoterapia utiliza métodos fisioterápicos com cavalos. Tudo é realizado com o trabalho e supervisão do fisioterapeuta Wesley Saggiani Afonso, que também é fisioterapeuta da Seleção Paraolímpica Brasileira, e do treinador de cavalos, Filhinho de Oliveira.
O projeto já existe há seis anos e atende a 22 pessoas com diversas doenças crônicas, como a paralisia cerebral, autismo, traumatismo raquimedular, síndrome de down, crise convulsiva, entre outros casos. Mesmo ainda sendo doenças incuráveis, a qualidade de vida das pessoas melhora muito com a prática da equoterapia.
“Meu filho sofreu uma lesão grave na medula após um mergulho há 12 anos, e como consequência do acidente, ele perdeu o movimento parcial dos membros do pescoço para baixo. Antes de fazer a equoterapia, ele não tinha equilíbrio no tronco, não conseguia fazer nada sozinho, mas tudo mudou com esse tratamento. Hoje, meu filho é mais independente, dirige e faz praticamente tudo sozinho”, relata o pecuarista Renato Pereira Faria, pai do paciente Renato Júnior Faria, de 30 anos.
Os benefícios da equoterapia já foram reconhecidos pelo Conselho Federal de Medicina. O segredo do sucesso do tratamento com essa técnica é que o andar do cavalo é o que mais se aproxima com o do ser humano, eles reproduzem de modo muito fiel os movimentos de andar do homem, o que possibilita técnicas terapêuticas eficientes com os pacientes do projeto.
Além de ter uma equipe técnica eficiente e capacitada, a equoterapia exige outro cuidado: a escolha dos animais para o projeto. O perfil de cavalo ideal é ser um animal dócil, simétrico e ter o ângulo da pata correto, o que ajuda a otimizar o tratamento dos pacientes.
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