Publicada em 26/05/2015, às 12h59
André Sobral
Peça teatral tratou da violência sexual contra crianças e adolescentes com os alunos da Emef Zilda Andrade
Com o objetivo de debater ações voltadas para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, a unidade do projeto Caminhando Juntos (Cajun) do Bairro da Penha promoveu, nesta terça-feira (26), uma roda de conversa com alunos de 12 a 15 anos de idade da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Zilda Andrade.
Os alunos voluntários da ONG Avalanche Missões (Escola de Treinamento em Missões Urbanas) mostraram aos estudantes as medidas de proteção e os sinais de agressão sexual contra crianças e adolescentes. Além disso, uma peça teatral tratou do tema.
Voluntária do grupo teatral, Simone Reis fez um alerta: "Se vocês perceberem qualquer sinal suspeito, seja um olhar ou um toque de uma pessoa mal-intencionada, fiquem atentos. Procurem ajuda junto a uma pessoa de confiança, seja um professor ou um facilitador de oficinas do Cajun. Vocês também podem realizar as denúncias no Disque 100".
Coordenador de intervenção urbana da ONG, Rosemberg Veras falou da importância de discutir a temática. "Trabalhamos com treinamentos nas áreas de missões urbanas, sexualidade, artes e comunicação, dependentes químicos, história e política. Estudamos diariamente esses temas. Nosso projeto é de intervenção e criar vínculos positivos com a sociedade".
Prevenção
A coordenadora do Cajun do Bairro da Penha, Alessandra Coutinho Fernandes, disse que a iniciativa visa incentivar os adolescentes a prevenir os casos de violência sexual. "Queremos orientar as crianças e adolescentes sobre como prevenir, preservar e enfrentar seus direitos. Estamos vendo os resultados, pois alguns atendidos já procuram o Cajun para contar o que está acontecendo nas casas, com algum familiar ou vizinho. A partir daí, encaminhamos, dependendo da violação, para os Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e unidades de saúde".
Pequenos aprovam iniciativa
Os amigos Carlos Henrique Machado e Lucas da Conceição, ambos com 12 anos, aprovaram a ação. "Gostei muito do teatro", disse Carlos. "Achei interessante, principalmente quando mostra a realidade de quando o homem sequestra a menina", disse Lucas.
Eduarda Gonçalves, de 11 anos, que faz oficinas de capoeira, dança, artes visuais e digitais e música, contou o que aprendeu: "Aprendi que não podemos falar com estranhos. Minha mãe sempre me orienta a não pegar bala com ninguém".
A atividade foi uma parceria entre as secretarias municipais de Assistência Social (Semas) e Educação (Seme), Cajun, Centros de Referência em Assistência Social (Cras), Creas e unidade de saúde do Bairro da Penha.
Informações à imprensa:
Paula M. Bourguignon (pmacbourguignon@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3345-2617 / 98889-5564
Com edição de Matheus Thebaldi
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