No ano de 1884, quatro anos antes da libertação dos escravos aqui no Brasil, o rei da
Bélgica, Leopoldo II transformou Congo, um país do norte da África em sua
propriedade particular. Como os milhões de negros que ali moravam não eram cristãos,
para o sistema da época não tinham alma e assim eram animais e podiam ser
escravizados e até mortos. O congo era uma nação dezenas de vezes maior que a
Bélgica.
Explorando a mão de obra africana, Leopoldo II extraiu do Congo uma fortuna
incalculável em borracha e marfim. Essa dominação do Congo converteu-se em um dos
episódios mais cruéis da humanidade. Foram mortos 10 milhões de africanos.
Os capatazes do Rei mandavam os pais de famílias africanas buscarem na floresta
borracha e marfim. Enquanto isso a esposa e velhos eram acorrentados e mantidos
reféns. Se eles não conseguissem trazer a quantidade estipulada de marfim ou borracha,
os reféns eram mortos a facadas, a tiro e preferencialmente degolados na frente do pai.
Mas em 1903, graças a um pastor da Igreja Batista o fato foi denunciado. Esse
missionário chamado A. E. Ecrivener divulgou esse terrorismo Europeu praticado como
esse pobre povo e a opinião pública mundial pressionou e Leopoldo perdeu esse direito
absurdo.
Este é mais um triste acontecimento na história da nossa humanidade que justifica a
riqueza de muitas pessoas ainda hoje no mundo e também seus países. Graças ao suor e
sangue de pobres povos africanos ou da América durante o período colonial.
Gostaríamos de saber o que foi feito com essa história? Com esse povo? Ele foi
indenizado? Como os direitos humanos têm tratado dessa questão? Fica por isso
mesmo? Ou ainda cabe algum recurso (Jorge Kuster Jacob –Sociólogo e professor de história do
CEIER de Vila Pavão)
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