29/05/2015 16:38
Ministra falou sobre como as políticas públicas estão mudando a realidade de famílias da região durante “Seminário Regional Nordeste, 60 anos depois: mudanças e permanências”, em Natal (RN)
Natal, 29 – “A ideia da convivência com o Semiárido saiu do papel. Temos um conjunto de ações que estão mudando o cenário da região e ajudando a construir outra agenda para o sertão.” A afirmação é da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou nesta sexta-feira (29) do Seminário Regional Nordeste, 60 anos depois: mudanças e permanências, em Natal (RN).
Segundo Campello, as cisternas estão entre as estratégias que transformaram a vida de milhões de sertanejos. “Antes, quando falávamos de cisternas, ninguém sabia o que era. Com a crise hídrica, todos sabem o que é. O sertanejo está exportando essa tecnologia porque estamos ensinando muita gente a fazer cisterna”, destacou.
Entre 2003 e 2015, foram entregues mais de 1,1 milhão de reservatórios, o que garantiu às famílias água de qualidade para beber, cozinhar e para a higiene pessoal. “Temos cisternas em praticamente todos os municípios do Semiárido. Estamos começando a universalizar o acesso à água. Nossa meta é garantir água para todos.”
A ministra também destacou o projeto Cisternas nas Escolas, lembrando que a meta é garantir que 5 mil escolas públicas rurais tenham essa tecnologia até 2016. “Essas escolas não tinham acesso à água regular. Não queremos nenhuma criança do Nordeste fora da escola por falta de água.”
Durante o seminário, Campello também falou sobre as ações de inclusão produtiva rural das famílias, como o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, que alia os serviços de assistência técnica e extensão rural a transferência de recursos não reembolsáveis. “Estamos levando assistência técnica, casando com fomento e outras políticas públicas, para garantir que essas famílias tenham um recurso para melhorar sua propriedade, fazer investimento e aumentar a produção e a renda.” Em todo o país, já são 354 mil famílias com assistência técnica para seus projetos produtivos.
Outra ação inspiradora da agenda de convivência com o Semiárido, disse ela, é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que usa o poder de compra do Estado “para criar uma possibilidade de demanda firme para a agricultura familiar”. “A agenda do PAA é muito consolidada e reconhecida. Hoje exportamos essa tecnologia para outros países da América Latina e para a África. A ideia é que as compras públicas possam se dinamizadas”, disse ela, destacando ainda a modalidade PAA Sementes, uma nova rota para incentivar a produção e a ampliação de oferta de semente no Nordeste. “Precisamos ampliar a oferta de sementes crioulas, sementes regionais, fortes, resistentes, para ofertar para nossos agricultores.”
Sobre a compra de produtos da agricultura familiar, ela reforçou que a aquisição traz muitos ganhos. “Você diminui o custo de transporte, compra localmente e aumenta o consumo de verduras e frutas, além de fortalecer a economia local e garantir a segurança alimentar e nutricional”, ressaltou.
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