Assessoria de Comunicação/HEJSN
|
"Se não fossem esses profissionais, acho que eu estaria morto. Todo o resgate foi muito eficiente", diz vítima de acidente resgatada pelo helicóptero do Samu. |
Quando foi resgatado pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu
192), o pedreiro Adilson Hoffmann Andrade,
37 anos, sentia-se “meio apagado”, como
ele conta, mas percebia tudo o que acontecia
ao seu redor. Ainda na pista, após um
grave acidente, recebeu os primeiros socorros
por meio de uma ambulância, que logo
acionou o resgate aéreo. O transporte
de helicóptero de Santa Teresa até o
Hospital Estadual Dr. Jayme Santos
Neves, na Serra, não durou mais do que
dez minutos e foi essencial para salvar a
vida da vítima.
Histórias semelhantes se repetiram algumas
vezes no Espírito Santo, desde que o
helicóptero usado exclusivamente em atendimentos aeromédicos começou a operar. Desde o
mês de abril, 26 ocorrências exigiram o apoio da aeronave, que tem como objetivo
tornar o atendimento mais rápido e garantir conforto e segurança ao paciente no
deslocamento até o hospital.
“Se não fossem esses profissionais, acho que eu estaria morto. Todo o resgate foi muito
eficiente. Minha vontade era de encontrá-los para agradecer, dar um abraço em cada um.
Parecia que eu estava morto, mas mesmo assim aquelas pessoas demonstraram boa
vontade e não desistiram. Lembro quando eles levantaram o helicóptero e quando pousaram.
Eles colocaram panos quentes (manta térmica) em mim e falavam o tempo todo para eu ficar
com eles, não dormir”, recorda Adilson Hoffmann.
O capitão Wellington Luiz Kunsch, do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer) da
Polícia Militar, foi quem pilotou a aeronave que resgatou o pedreiro Adilson Hoffmann.
Sem precisar recorrer a relatórios, ele se lembra dessa operação, assim como de várias
outras que participou. Apesar de não ter contato direto com as vítimas, ele diz que não tem
como não se sentir envolvido pela história de cada um.
“Não digo que não nos envolvemos emocionalmente, mas tentamos manter o foco no
resgate. Assim como o médico tem sua importância, nós temos que observar uma série
de questões para garantir a segurança do paciente e da tripulação tanto durante o vôo quanto
em terra. Eu procuro me manter um pouco distante quando é um acidente mais grave ou
quando envolve criança, pois são situações que me sensibilizam mais”, conta o capitão.
A médica Rosélia Bertulani Barroso, que também compõe a equipe de resgate aéreo do Samu 192, ressalta que o helicóptero é usado em casos em que o tempo é um grande diferencial para salvar a vida da vítima. No caso do pedreiro Adilson Hoffmann, por exemplo, ela explica que a equipe da ambulância havia conseguido estancar o sangramento, mas se o paciente fosse transportado por terra poderia voltar a sangrar – tanto pela trepidação quanto pelo tempo que ficaria sem o procedimento cirúrgico que precisava –, e a equipe talvez não conseguisse estancar o sangramento, o que colocaria em risco a vida do paciente.
Estrutura
O helicóptero Harpia 6 dispõe de equipamentos de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
aérea, como desfibrilador com monitor cardíaco, respirador, bomba de infusão para controle
de medicamento endovenoso, aspirador de secreção, oxímetro de pulso, cilindro de
oxigênio e material de imobilização, entre outros.Conta ainda com equipamentos
multimissão, como guincho de salvamento com braço que permite o içamento ou arriamento
de paciente deitado em maca de resgate.
Dentro da Grande Vitória, a equipe de resgate pode chegar ao local da ocorrência em até
10 minutos usando a aeronave. Se a ocorrência for atender um acidente na BR 101 Sul,
por exemplo, a aeronave pode pousar na rodovia, se houver condições, ou em alguma
área aberta próxima ao local do acidente. Já se for transferir um paciente para um hospital
em Vila Velha, a referência é um campo de futebol no bairro Aribiri; em Vitória, o Hospital
da Polícia Militar, em Bento Ferreira, ou o próprio Quartel da Polícia Militar, em Maruípe;
e na Serra é o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves.
Parceria
O Notaer dá apoio ao Samu 192 em três situações: atendimento pré-hospitalar, em
que a exigência maior é a rapidez; transporte inter-hospitalar, cujo objetivo principal é
fornecer atendimento adequado a quem já está hospitalizado, reduzindo o tempo de
deslocamento e garantindo conforto ao paciente; e transporte de órgãos para
transplante, situação em que o tempo também é um grande diferencial.
Ao todo, 17 pilotos e quatro mecânicos estão treinados para pilotar e fazer a manutenção
do helicóptero Harpia 6, que está sob os cuidados da Secretaria da Casa Militar, no
mesmo hangar dos helicópteros do Governo do Estado.
Samu helicóptero
Tempo aproximado de voo de Vitória até alguns municípios do interior São Mateus – 1 hora Cachoeiro, Linhares, Colatina e Venda Nova do Imigrante – 40 minutos Domingos Martins – 15 minutos Ibiraçu e Fundão – de 15 a 20 minutos
Por dentro da aeronave
Capacidade: 05 pessoas, sendo 01 piloto, 01 tripulante, 01 médico, 01 enfermeiro e 01
paciente. Velocidade: aproximadamente 300 km/h Espaço interno da cabine: 2,6 metros quadrados Comprimento: 12,94 metros Altura: 3,34 metros Peso: 1.295 Kg
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário