Asscom/Sesa
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A Sesa tem debatido as necessidades de saúde dos povos tradicionais e de populações específicas e buscado tornar realidade na ponta a igualdade do atendimento. |
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)
reuniu, nesta segunda-feira (22),
representantes de povos tradicionais
capixabas e alguns grupos específicos
no I Fórum da Equidade. O encontro
representa um importante passo
para a articulação dessas
populações e o fortalecimento das
discussões sobre a assistência
à saúde dessas pessoas, que
incluem população negra,
quilombolas, ciganos, indígenas,
pomeranos, pescadores artesanais,
comunidades de matriz africana,
população do campo e da floresta,
moradores de rua e o público
formado por Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).
Da Secretaria de Estado da Saúde, participaram profissionais que atuam
nas áreas de Planejamento, Humanização, Vigilância e Prevenção de Violências e
Acidentes, Rede Materno-Infantil e no Programa Estadual de Doenças
Sexualmente Transmissíveis, Aids e HIV, além da referência técnica da área
de Promoção da Equidade, o assistente social Júlio César de Moraes, e o
subsecretário de Assuntos de Regulação e Organização da Atenção à Saúde,
Magnus Bicalho Thezolin.
“A tendência do ser humano é defender seus interesses pessoais ou de seu grupo,
mas toda vez que se abre um fórum espera-se justamente o contrário, que
se somem as experiências para que sejam construídas soluções em conjunto
para problemas específicos. Independentemente da cor da nossa pele, de nossa
condição social ou de nossa opção sexual, somos todos brasileiros e devemos
buscar a construção de um sistema de saúde que seja de fato universal.
Para tanto, a representação social e a participação das diferentes comunidades
é fundamental”, comentou o subsecretário Magnus Thezolin.
Segundo a referência técnica da área de Promoção da Equidade, Júlio César
de Moraes, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Comitê Estadual de
Promoção da Equidade, tem debatido com representantes dos povos
tradicionais capixabas e alguns grupos específicos as necessidades de saúde
dessas populações e buscado tornar realidade na ponta, desde a atenção
primária até a alta complexidade, a igualdade do atendimento.
“O objetivo é garantir que o serviço público de saúde tenha um olhar diferenciado
no acolhimento, atendimento e acompanhamento dessas populações, diminuindo a
vulnerabilidade inerente a elas”, esclarece Júlio César de Moraes. Ele argumenta
que, apesar de não ser um espaço deliberativo, o Comitê Estadual de Promoção da
Equidade é um espaço que deve ser valorizado, pois tem como objetivo o debate
e o fomento das políticas públicas voltadas para os povos tradicionais e os grupos
específicos.
Para um dos representantes da comunidade de matriz africana, o professor
doutor Jeová Silva, a abertura do Fórum da Equidade é importante para
aproximar os povos tradicionais e as populações específicas da Secretaria
de Estado da Saúde. “Este é um espaço para colocarmos nossos anseios e
também de cobrança”, frisou.
Na avaliação da militante do movimento LGBT Natália Becher, é importante
que a Secretaria de Estado da Saúde mantenha diálogo e articulação
com cada um dos movimentos sociais. “É um trabalho que deve ser
continuado. Temos que colocar mãos à obra”, disse.
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