Publicada em 26/06/2015, às 13h00 | Atualizada em 26/06/2015, às 13h17
André Sobral
Munícipes têm oportunidade de buscar qualificação profissional nos cursos oferecidos no Centro de Formação Profissional Ludovico Pavoni
As pessoas que buscaram uma formação profissional visando conseguir uma colocação no mercado de trabalho ficaram otimistas com os resultados dos cursos de que participaram no Centro de Formação Profissional Ludovico Pavoni, em Santo Antônio.
Os cursos acontecem a partir da parceria entre Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Renda (Semttre), Associação das Obras Pavonianas, Senai, Sesi e Senac, dentro do Programa Gratuidade, além do Qualifica Turismo.
Regina de Kátia, 52 anos, trabalhava como copeira. Porém, ficou desempregada e buscou o curso de Operador de Computador para ter uma nova qualificação. "Um computador, para mim, era algo incompreensível e misterioso. Em poucos dias, percebi que podia aprender com a ajuda do instrutor. Não quero mais parar", elogiou.
Seu colega de turma, o aposentado Hermírio Pereira, 81 anos, disse que estava sem atividades há algum tempo e desejava tirar dúvidas sobre assuntos diversos, mas não havia quem ensinar nem como aprender. "Eu consegui. Foi simples e quero me tornar mais produtivo, pois tudo que preciso agora encontro no computador", comemorou.
Marimar de Jesus, 49, buscou o curso de Culinária Típica pela vontade de aprender a cozinhar e conquistar uma renda extra. "É trabalhoso, exige zelo e dedicação. Estou no começo de minha aprendizagem e farei com o tempo pratos bem saborosos, pois agora estou orientada".
Especialidade
O churrasqueiro Renato Batista dos Santos, 33, buscou o curso de Culinária Típica para ter mais oportunidades em restaurantes e buffets. "O empregador percebe, ao ler um currículo, as especialidades de quem busca a vaga. Se os patrões crescem, progredimos juntos. O aprendizado foi surpreendente. Foi muito conteúdo e o uso da didática ideal facilitou", disse Renato, orgulhoso por ter preparado com os colegas seu primeiro arroz de frutos do mar com bobó de camarão.
Linguagem
Instrutora de Culinária Básica do Senac, Vivian Martinelli Pavan, 34, disse ser fundamental compreender, desde o início do curso, o perfil da turma e dos alunos. "Eu me adequo e tento usar a linguagem adequada, pois cada turma é uma história e, assim, a compreensão é sempre uma boa surpresa".
Técnicas
Moradora de Jardim Camburi, Rosimar Medeiros, 41, tem aprendido novas técnicas no curso de Cabeleireiro Assistente. De acordo com ela, que nunca trabalhou na área, o próximo passo é ter um negócio próprio. "Não devo me acomodar. Tenho muito a aprender ainda, mas já me planejo para entrar de cabeça na área de beleza".
Sua colega Marleusa dos Santos Oliveira, 43, está eufórica com a quantidade de informações que o curso oferece. Moradora do Centro, ela disse que trabalhou seis anos como auxiliar administrativo, mas foi demitida. "Para mim, foi uma oportunidade. As mulheres nunca deixam de se embelezar. São vaidosas e isso abre muitas oportunidades de trabalho em salões de beleza".
Conquista
Bianca Amaral, 29, moradora de Bela Vista, contou que, desde adolescente, interessava-se pela área de moda, porém nunca teve uma oportunidade concreta de se preparar como no curso básico de Modelagem e Costura. Ela contou que procurou se inscrever em outras épocas no mesmo curso, mas, com a forte demanda, não havia conseguido.
"São cursos caros em lugares privados e, agora, consegui realizar meu sonho de aprender a costurar. É isso mesmo que desejo e já tenho condições de fazer trabalhos e juntar dinheiro para, em pouco tempo, investir numa faculdade de Moda e tentar ser uma das melhores estilistas".
Sua colega Marta Souza dos Santos, de Jucutuquara, disse que se encantava quando via matérias em revistas especializadas, porém, para ela, parecia impossível aprender. "Depois das aulas esboçando as primeiras linhas já compreendo. Sei que, com orientação, poderei melhorar e ter uma renda bem razoável".
Exemplo
Instrutora do curso de Modelagem e Costura, Elisângela Souza, 40, disse que começou num curso básico, aprimorou-se, atuou em vários lugares e hoje ensina. "Creio que tenha sido persistência, um pouco de talento e disposição. Observo quem começa. Iniciei minha história assim e quero que as melhores se inspirem em mim".
Greodete Leal Fraga disse que sai renovada do curso de Modelagem de Boneca. Segundo ela, que está desempregada e busca alternativa de renda, as bonecas alegram qualquer ambiente e agradam não somente meninas, mas muitas mulheres de mais idade.
"Descobri, por exemplo, que, de um único molde, é possível construir muitas bonecas diferentes e lindas. Equilibramos nosso tempo, escolhemos os panos adequados, percebemos os detalhes e calculamos como e de que forma cobrar. Já comecei a vender e temos até redes sociais para que nossos produtos cheguem a mais pessoas".
Demandas
Segundo o subsecretário de Apoio ao Trabalhador, Michel Rossi Moscon, o município, junto aos parceiros, analisa o mercado e oferece as oportunidades. "Mobilizamos nossos técnicos, vamos em busca dos interessados nas comunidades e os interessados têm o mérito de se especializar para ter mais chances na busca por empregos melhores ou para compreender as vantagens de empreender", reforçou.
Informações à imprensa:
Fabrício Faustini (fafaustini@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3382-6130 / 98889-5575
Com edição de Matheus Thebaldi
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