Para conter a emissão de material particulado, também conhecido como poeira, a Termelétrica Viana
(Tevisa), localizada em Areinha, Viana, está com seu funcionamento paralisado desde as 23 horas
dessa quinta-feira (09).
A medida se deu em razão de um auto de intimação emitido no mesmo dia pelo Instituto Estadual de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), que solicitou a instalação de medidas de controle ambiental
que impedissem que as chaminés expelissem o poluente, que não é aspecto normal da operação
deste tipo de empreendimento.
Para atender a solicitação, a empresa deve utilizar da melhor tecnologia disponível e tecnicamente
aplicável ou substituir o uso do combustível por gás natural. A paralisação continuará até
que a Tevisa apresente ao Iema uma proposta que atenda às solicitações do órgão.
A termelétrica já havia sido interditada em maio pelo Iema. Para voltar a operar, foi assinado
um Termo de Compromisso Ambiental (TCA) que determinava o funcionamento de apenas cinco
chaminés por vez, enquanto as outras fossem sendo limpas.
Porém, as emissões de particulado continuaram e, conforme previsto no documento, caso
não houvesse eficácia na medida proposta, a termelétrica deveria paralisar seu funcionamento.
O Iema vem acompanhando as denúncias da comunidade de Areinha desde abril de 2015 e
foi constituída uma comissão, com participação dos moradores, para acompanhar as ações
do órgão e da empresa.
“A solução definitiva para o problema não pode ser estabelecida a curto prazo, pois demanda
de tecnologia e novas estruturas, sendo assim, o melhor foi optar pela paralisação neste
momento, evitando a emissão de poeira”, disse o diretor técnico do Iema, Albertone Pereira.
Com relação às outras denúncias feitas pela população, o Iema também exigiu que a
Tevisa realizasse melhorias. Para a questão do ruído, está em estudo a implantação de
barreiras acústicas, e também está sendo estudada a questão da vibração para propor
medidas de controle.
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