terça-feira, 14 de julho de 2015

Governo Capixaba defende decretação de falência do Grupo Infinity


10/07/2015 - 16:06
 
O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, 
Octaciano Neto, encaminhou um ofício ao juiz Paulo Furtado, da 2ª Vara de
 Falências e Recuperações Judiciais do Foro da Capital, em São Paulo, manifestando a 
apreensão do Governo do Espírito Santo quanto aos desdobramentos da crise 
financeira que atinge as empresas Infinity Bio-Energy Brasil Participações S.A. e 
outras ["Grupo Infinity"]. O grupo encontra-se em processo de recuperação judicial 
e apresentou à Justiça um novo “Plano de Recuperação Judicial”. Estima-se que
 somente com fornecedores a Infinity Bio-Energy possua uma dívida que ultrapasse 
os R$ 2 bilhões. O grupo também acumula um grande passivo trabalhista, além de 
um débito milionário com as Fazendas Públicas.

Para o secretário de Estado da Agricultura, o novo "Plano de Recuperação Judicial" 
apresentado pelo "Grupo Infinity" representa mais uma tentativa de postergar o 
cumprimento de suas obrigações com os milhares de funcionários do setor
 sucroalcooleiro capixaba que já foram demitidos, com os produtores de cana-de-açúcar 
e com os demais credores, dentre eles o Estado do Espírito Santo. Octaciano Neto 
defende que seja decretada a falência do grupo.

“Com a decretação da falência e a indicação de um interventor poderemos ter 
mais garantias de que os compromissos assumidos por esse grupo empresarial 
junto aos mais diversos setores da cadeia produtiva sucroalcooleira serão, de fato, 
cumpridos. A nomeação de um interventor nos dá a esperança de que os ativos 
do grupo, principalmente suas usinas, sejam vendidos para novos administradores 
que possam retomar a operação das usinas. Um novo plano de recuperação judicial 
vai depreciar ainda mais os ativos do grupo empresarial e fazer com que a dívida
 bilionária da empresa com seus credores não seja quitada”, afirma o secretário.

Segundo Octaciano Neto, desde 2008 a situação só vem se agravando. “E o que 
é pior: o não cumprimento de acordos, alguns inclusive determinados pela Justiça, 
têm sido uma das principais marcas desse grupo empresarial”, ressalta Octaciano.

Histórico
A entrada do Grupo Infinity nas regiões Norte do Espírito Santo, Leste de Minas 
Gerais e Sul da Bahia, no ano de 2006, com a compra das usinas Disa, Cridasa e 
Alcana, deu-se em um momento de grande euforia para o setor sucroalcooleiro 
do país. No entanto, essa série de aquisições realizadas pela Infinity Bio-Energy, 
com a promessa de desenvolvimento para essas regiões, acabou se transformando
 em uma série de equívocos administrativos e em um conjunto insustentável de 
atos de gestão que culminaram com o fechamento das usinas Alcana e
 Cridasa e com o desemprego de milhares de trabalhadores.

“Estamos preocupados com os impactos que um novo processo de Recuperação
 Judicial poderá trazer para a economia e para o desenvolvimento econômico e 
social do Espírito Santo. Esperamos que uma solução definitiva possa ser 
encontrada o mais rápido possível. Esse grupo empresarial já plantou muitos 
sonhos entre nós, capixabas. E há muitos anos o que temos colhido são pesadelos. 
Trabalhamos para estruturar o setor sucroalcooleiro no Estado. Confiamos que 
a Justiça será feita”, conclui o secretário.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Seag
27 98849 9814 - 27 3636-3700

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