25/04/2013 - 13h56min
A cúpula mundial da cafeicultura sustentável se reuniu no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Representantes de grandes empresas torrefadoras de café de todo o mundo discutem o programa para aumentar a cafeicultura sustentável no mundo.
Na manhã dessa quarta-feira (24), um grupo formado por pouco mais de dez pessoas participou de uma reunião com a diretoria do Incaper e o secretário Estadual de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli. “O Espírito Santo tem a cafeicultura mais completa do Brasil. É o único estado que produz em quantidade e em qualidade os dois cafés mais consumidos no mundo, o arábica e o conilon”, disse o secretário.
A reunião foi promovida pelo IDH (sigla em holandês para The Sustainable Trade Initiative), grupo de iniciativa de comércio sustentável que atua mundialmente em diversas cadeias produtivas. “A produção é a base crítica da cadeia sustentável. Estivemos no Vietnã, na Etiópia, em Uganda e agora no Brasil para criar um diálogo entre os produtores e os grandes compradores internacionais”, disse Ted van der Put, diretor-executivo do IDH.
O encontro foi mediado por Carlos Brando, sócio da P&A Marketing Internacional, empresa de consultoria e marketing na área de agronegócio. “Esta reunião responde a um sonho de colocar o produtor direto em contato com o consumidor, e acabar com a distância que existia nesta relação”, disse Brando.
“Este encontro valida o planejamento que o Incaper fez e desenvolve para garantir a aplicação de boas práticas agrícolas. Reforça a importância das práticas sustentáveis, como manejo adequado, responsabilidade no aspecto ambiental, segurança alimentar e geração de conhecimento, tudo aplicável à agricultura familiar”, disse o diretor-técnico do Incaper, Aureliano Nogueira da Costa.
Em seguida, o encontro ganhou ainda mais corpo com a chegada de convidados de todas as etapas da cadeia produtiva da cafeicultura. Produtores, exportadores, cooperativas, e outros segmentos da cafeicultura capixaba puderam conhecer a proposta de cafeicultura sustentável que o IDH traz para o Brasil. O Espírito Santo é o primeiro estado brasileiro onde a proposta é apresentada. O grupo ainda segue para Minas Gerais e Brasília.
Para o coordenador do programa estadual de cafeicultura, Romário Gava Ferrão, “o Incaper vem trabalhando tanto na pesquisa quanto na assistência técnica e extensão rural, isso tornou o Espírito Santo referência no que se refere à sustentabilidade”. Os pesquisadores do Incaper Abraão Carlos Verdin, José Antônio Lani, Luiz Carlos Prezotti, Maria Amélia Gava Ferrão (Embrapa) e Aymbiré Francisco Almeida Fonseca (Embrapa) também participaram das discussões, assim como o coordenador do Departamento de Operações Técnicas do Incaper, José Carlos Grobério, e o extensionista do Incaper Lúcio Demuner, que fez doutorado sobre sustentabilidade na cafeicultura.
Visita a campo
À tarde, o grupo visitou a propriedade da família Costalonga em Timbuí, município de Fundão, considerada unidade de referência no cultivo de conilon. O produtor adotou todas as recomendações do Incaper. Este “pacote” tecnológico fez com que a produtividade da lavoura cresça a olhos vistos. A lavoura tem 36 meses, e produziu 158 sacas por hectare no ano passado. “A tecnologia do Incaper foi fundamental para o sucesso desta lavoura. Mapeamos a fertilidade da propriedade por meio das análises de solo, seguimos recomendações de espaçamento, irrigação, poda, adubação...”, disse o cafeicultor Edson Costalonga.
Entretanto, não se pode aumentar a produtividade a todo custo. Os visitantes observaram a sustentabilidade da lavoura, como preservação da natureza e conservação das águas. “Nós temos uma área de mata, uma reserva florestal, porque sabemos da importância da natureza para o nosso negócio. Reflorestamos o entorno das nascentes e das represas de onde tiramos água para irrigar o cafezal. Isso fez com que o volume de água aumentasse significativamente”, disse Costalonga.
Cafeicultura sustentável
O conceito de cafeicultura sustentável envolve, principalmente, as boas práticas agrícolas. Reduzir o uso de defensivos químicos, adotar as recomendações corretas de adubação, escolher as variedades adequadas para o plantio e utilizar o espaçamento correto, protegendo o solo, são algumas das práticas que ajudam a produzir café sustentável e com qualidade superior. Além disso, questões como responsabilidade social, ambiental, segurança alimentar, geração de emprego e renda, entre outros aspectos, também permeiam o conceito de sustentabilidade.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves/Luciana Silvestre
Texto: Juliana Esteves
comunicacao@incaper.es.gov.br
Tel.: 3636-9865/3636-9868/8849-6999
Twitter: @incaper
Facebook: Incaper
Na manhã dessa quarta-feira (24), um grupo formado por pouco mais de dez pessoas participou de uma reunião com a diretoria do Incaper e o secretário Estadual de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli. “O Espírito Santo tem a cafeicultura mais completa do Brasil. É o único estado que produz em quantidade e em qualidade os dois cafés mais consumidos no mundo, o arábica e o conilon”, disse o secretário.
A reunião foi promovida pelo IDH (sigla em holandês para The Sustainable Trade Initiative), grupo de iniciativa de comércio sustentável que atua mundialmente em diversas cadeias produtivas. “A produção é a base crítica da cadeia sustentável. Estivemos no Vietnã, na Etiópia, em Uganda e agora no Brasil para criar um diálogo entre os produtores e os grandes compradores internacionais”, disse Ted van der Put, diretor-executivo do IDH.
O encontro foi mediado por Carlos Brando, sócio da P&A Marketing Internacional, empresa de consultoria e marketing na área de agronegócio. “Esta reunião responde a um sonho de colocar o produtor direto em contato com o consumidor, e acabar com a distância que existia nesta relação”, disse Brando.
“Este encontro valida o planejamento que o Incaper fez e desenvolve para garantir a aplicação de boas práticas agrícolas. Reforça a importância das práticas sustentáveis, como manejo adequado, responsabilidade no aspecto ambiental, segurança alimentar e geração de conhecimento, tudo aplicável à agricultura familiar”, disse o diretor-técnico do Incaper, Aureliano Nogueira da Costa.
Em seguida, o encontro ganhou ainda mais corpo com a chegada de convidados de todas as etapas da cadeia produtiva da cafeicultura. Produtores, exportadores, cooperativas, e outros segmentos da cafeicultura capixaba puderam conhecer a proposta de cafeicultura sustentável que o IDH traz para o Brasil. O Espírito Santo é o primeiro estado brasileiro onde a proposta é apresentada. O grupo ainda segue para Minas Gerais e Brasília.
Para o coordenador do programa estadual de cafeicultura, Romário Gava Ferrão, “o Incaper vem trabalhando tanto na pesquisa quanto na assistência técnica e extensão rural, isso tornou o Espírito Santo referência no que se refere à sustentabilidade”. Os pesquisadores do Incaper Abraão Carlos Verdin, José Antônio Lani, Luiz Carlos Prezotti, Maria Amélia Gava Ferrão (Embrapa) e Aymbiré Francisco Almeida Fonseca (Embrapa) também participaram das discussões, assim como o coordenador do Departamento de Operações Técnicas do Incaper, José Carlos Grobério, e o extensionista do Incaper Lúcio Demuner, que fez doutorado sobre sustentabilidade na cafeicultura.
Visita a campo
À tarde, o grupo visitou a propriedade da família Costalonga em Timbuí, município de Fundão, considerada unidade de referência no cultivo de conilon. O produtor adotou todas as recomendações do Incaper. Este “pacote” tecnológico fez com que a produtividade da lavoura cresça a olhos vistos. A lavoura tem 36 meses, e produziu 158 sacas por hectare no ano passado. “A tecnologia do Incaper foi fundamental para o sucesso desta lavoura. Mapeamos a fertilidade da propriedade por meio das análises de solo, seguimos recomendações de espaçamento, irrigação, poda, adubação...”, disse o cafeicultor Edson Costalonga.
Entretanto, não se pode aumentar a produtividade a todo custo. Os visitantes observaram a sustentabilidade da lavoura, como preservação da natureza e conservação das águas. “Nós temos uma área de mata, uma reserva florestal, porque sabemos da importância da natureza para o nosso negócio. Reflorestamos o entorno das nascentes e das represas de onde tiramos água para irrigar o cafezal. Isso fez com que o volume de água aumentasse significativamente”, disse Costalonga.
Cafeicultura sustentável
O conceito de cafeicultura sustentável envolve, principalmente, as boas práticas agrícolas. Reduzir o uso de defensivos químicos, adotar as recomendações corretas de adubação, escolher as variedades adequadas para o plantio e utilizar o espaçamento correto, protegendo o solo, são algumas das práticas que ajudam a produzir café sustentável e com qualidade superior. Além disso, questões como responsabilidade social, ambiental, segurança alimentar, geração de emprego e renda, entre outros aspectos, também permeiam o conceito de sustentabilidade.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves/Luciana Silvestre
Texto: Juliana Esteves
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