A história do Jaraguá surgiu há séculos e até hoje ela é mantida em Anchieta. Sendo uma das principais manifestações folclóricas da cidade, é no período do carnaval que ela ganha mais fôlego. Nessa ocasião é quando moradores saem às ruas com a figura da lenda, confeccionada por eles mesmos.
Na cidade há um grupo folclórico chamado bloco Jaraguá, que desfila nas ruas durante os dias de folia. A tradição tem mais de 70 anos e é passada por gerações.
É o caso do senhor José Luiz, considerado o guardião da tradição em Anchieta. Há mais de 40 anos, segundo a Gerência Estratégica de Patrimônio e Cultura, ele desfila no carnaval com um grupo de pessoas, composto por vizinhos e familiares. O bloco carnavalesco possui cerca de sete figuras representativas do mito, criado pelos jesuítas, no século XVI, como forma de amedrontar os índios no objetivo de catequizá-los.
De acordo com informações da Gerência Estratégica de Patrimônio e Cultura de Anchieta, o Jaraguá seria uma figura mitológica, produzida pelos jesuítas, com intuito da catequizar, ensinar artes, fomentar a agricultura e dificultar as guerras. O nome Jaraguá, significa em Tupi, o ‘bicho que pega’.
“Seria essa a história e estratégia utilizada pelos jesuítas para que os índios seguissem seus ensinamentos e regras. A lenda de um cavalo que aparecia do lodo para pegar possíveis revoltos”, conta Jeferson Mulinari e Silva, coordenador da cultura.
Essa tradição surgiu na comunidade pesqueira do município, cujos membros aproveitam o musgo do manguezal e a caveira de um cavalo para construir a figura do mito.
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