sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A MARMITA. texto de Helena Machado


                            Nos anos 50, 60 e 70 era muito em voga pensões que forneciam refeições em marmitas. Para os jovens que não conheceram este utensílio, eram peças em alumínio superpostas suspensas por uma alça. Variavam entre três a sete marmitas de acordo com o tamanho da família. 

                         Certa ocasião meu saudoso tio Galba veio de Minhas Gerais para visitar meu pai. Convidei-o para almoçar conosco e coloquei sobre a mesa as marmitas. Antes de sentarmos à mesa chamei meu filho Ceceu e disse pra ele esperar todos se servirem, porque a comida era pouca. Ele, contrariado, armou um "bico" e sentou-se emburrado. Meu tio, que era muito brincalhão, perguntou pra ele o motivo daquele mau humor todo. Ele prontamente respondeu: minha mãe disse que a comida era pouca e eu tinha que esperar e ficar por último.
                    Dona Mariquinha Bassul servia uma comida refinada. Boa comida. Sua clientela era de pessoas abastadas. Passamos a pegar a marmita com ela. Realmente era uma delícia mas, pedíamos refeição para quatro em uma marmita de sete andares. Algumas marmitas vinham vazias e a comida mal dava pra dois. Aos poucos os tempos mudaram chegando os "sef serve" e os delivery. As marmitas viraram peça de museu. Chegaram as chamadas "marmitex" e cresceu a rede de ofertas de refeição. Isso facilitou a vida das pessoas que trabalham fora e a escassez de empregadas domésticas.
                         Restaurante pra mim, se sou convidada, é um bom programa. Um evento! No mais peço minhas refeições em casa. No Rio de Janeiro, onde resido, sirvo-me do delivery da rede La Mole. Em Cachoeiro, onde passo muito tempo, "Magia do Sabor" é o meu preferido. Simples, comida boa, ótimo atendimento e delivery.
                    Não tenho saudades dos velhos tempos. Hoje está tudo mais prático e mais fácil. 
Abraços Fraternos,
Helena💕

Nenhum comentário:

Postar um comentário