De quarta a sexta desta semana, Vitória sedia a terceira edição do Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental
A crise de água em São Paulo gerou um alerta em todo o País. Afinal, a escassez desse recurso natural atinge a sociedade em aspectos vitais, seja no dia a dia em nossas casas seja no trabalho no campo, na produção de alimentos e de energia.
Neste cenário, especialistas do Brasil e do exterior se reúnem de quarta (05) a sexta (07) desta semana, no auditório do hotel Golden Tulip, em Vitória, na terceira edição do Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental. Com a temática “Água e Paisagem”, o evento promoverá discussões em torno do desenvolvimento do setor, conhecimento de tecnologias, experiências de sucesso, vantagens e uso econômico das florestas ambientais, e da relação dessas florestas como conservadoras de água.
Composto por palestras, painéis, minicursos e conferências, o Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental (CBRA) traz em debate o Potencial de Regeneração Natural de Florestas nativas, Uso Econômico Sustentável de Florestas Ambientais, Aplicações do Novo Código Florestal, entre outros. Em destaque, a participação do economista do Banco Mundial Gunars Platais (Washington/EUA), que estará à frente da conferência “Água e Paisagem - Uma Visão Holística e Integrada do Reflorestamento Ambiental” e a consultora Gabrielle Kissinger, da Lexeme Consulting (Vancouver/Canadá), que participará do painel “Manejo da Paisagem para a Conservação de Água”.
De acordo pesquisadores, as florestas nativas brasileiras cobrem cerca da metade do território nacional. Apesar de um índice aparentemente elevado, essas florestas estão concentradas na Região Amazônica e vêm sofrendo ao longo dos anos com o processo de desmatamento. Apenas 10% dessa cobertura florestal está fragmentada pelo País. Dessa forma, as florestas ambientais (que são – na verdade – as áreas reflorestadas) tornam-se importantes no sentido de reverter o quadro de fragmentação, além de manter e ampliar a biodiversidade desse ecossistema.
“As florestas ambientais também possuem um inestimável valor social e econômico na medida em que reduzem a erosão do solo e elevam a infiltração da água, promovendo o consequente aumento da recarga hídrica. Por outro lado, elas elevam o potencial turístico da região e possibilitam a exploração de seus recursos de forma econômica e sustentável – seja como fonte de produtos para o setor farmacológico, de cosméticos ou biopesticidadas, seja para o uso de produtos não madeiráveis (como o mel, flores, sementes, látex, castanhas e muitos outros)”, explica o engenheiro agrônomo Gilmar Dadalto, coordenador geral do congresso.
O III CBRA reunirá pesquisadores, professores, estudantes, empresários, produtores rurais e ambientalistas e agentes de desenvolvimento de diferentes estados brasileiros, entre eles Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Amazonas.
O evento é promovido e realizado pelo Centro de Desenvolvimento do Agronegócio – Cedagro; Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo – Crea-ES; Secretaria Estadual de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca; Projeto Florestas para Vida; Programa Reflorestar; Fundo Global para o Meio Ambiente – GEF; Bando Mundial – Bird; Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper; Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Governo do Estado do Espírito Santo.
Serviço:
III Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental (CBRA)
De 5 a 7 de novembro de 2014
No Hotel Golden Tulip, em Vitória
Informações: www.reflorestamentoambiental. com.br
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