9-10-2912
Entre os dias 4 e 6 de outubro, em São Paulo, participei do Sétimo Espaço Café Brasil – Feira Internacional do Café, um evento classificado pelos seus promotores como sendo “a maior feira do setor na América Latina e um principais eventos de negócios e promoção de café do País’’ e que “foca no desenvolvimento do mercado brasileiro, na promoção da qualidade, na excelência dos produtos e no aumento do consumo de café nacional e internacional.’’
Pela descrição acima a presença capixaba deveria ser maciça, envolvendo toda cadeia do setor, do produtor, passando pelos comerciantes do interior e dos exportadores, vendedores de insumos, processadores, setor bancário, agentes financeiros, sindicatos, cooperativas e os governos municipais e do Estado. Deveria, como registrei na frase anterior. A realidade foi bem outra.
Lá estava num stand o Café Vale do Caxixe, de Castelo, um micro torrador que está se aventurando no comércio local e pensando um pouco além da fronteira capixaba. Vi uns pacotes do Café do Jacu, café que é produzido após o Jacu comer e defecar os grãos maduros, um micro micro negócio no café. Vi um veículo do tipo furgão da empesa não capixaba Tostare, que está iniciando uma ação de levar o café de qualidade para as ruas e para duas dezenas de cafeterias, usando o café preparado pela Família Carnielli, de Venda Nova do Imigrante. Encontrei com dois funcionários do Sebrae capixaba, um produtor de Santa Teresa, ligado a Coopeavi, que tem sede em Santa Maria do Jetibá.
Mas lá vi vários estandes de Minas Gerais, o maior produtor do Brasil, Bahia, Paraná e de São Paulo. Vi um grande números de empresas de máquinas usadas em torrefação e para utilização nas residências.
Mas a ausência capixaba, nós que somos o segundo maior produtor de café do Brasil, com 12,5 milhões de sacas numa safra nacional de 50,5 milhões, com 28% do total, sendo que no conilon somos o primeiro, me fez fazer estes registros em tom de lamentação e tristeza.
É preciso que tenha um entendimento do que representa o café na nossa economia para agirmos. Temos de cuidas das lavouras, mas é preciso entender e compreender o que acontece com o café quando vai para as mãos do comércio e da indústria, para chegar a mesa de milhões de brasileiros e estrangeiros.
Fica a sugestão para que produtores e Governo Estadual e Municipal concedam uma atenção ao café, que gera trabalho e renda para milhares. Quando o café tem um preço bom, todos ganham, do boia fria aos exportadores, passando pela agricultura familiar e empresarial.
O Espírito Santo deve estar mais presente nos assuntos de interesse de sua coletividade. Quem sabe no Oitavo Espaço Café Brasil o Espírito Santo esteja mais presente, indo mais além do que está nossa bandeira: TRABALHA E CONFIA. Assim espero.
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