O Dia Internacional da Mulher é sinônimo de luta por uma sociedade mais justa. Em 8 de março, comemoram-se os direitos civis alcançados pelas mulheres ao longo da história. A data também serve para a humanidade refrescar a memória e reverenciar quem se dedicou e ainda se dedica a assegurar uma vida mais digna a todas as mulheres. A Prefeitura de Guaçuí tem orgulho das mulheres guaçuienses que são lutadoras e estão sempre buscando seus ideais. O direito de votar e ser votada, o acesso à educação, as mesmas condições de trabalho e a mesma remuneração que os homens, tudo isso só veio à força, precisou ser conquistado. Para conseguir os mesmos direitos e as mesmas oportunidades que os homens, foi preciso protestar e organizar passeatas. Quando não havia outra saída, decretar greve, enfrentar a polícia e, em alguns casos, pagar com a vida. Um exemplo de luta no dia-a-dia é a gari, Josiane Soares, 35 anos, moradora do bairro Vale do Sol, em Guaçuí. Josiane é uma mulher que não escolheu a profissão. Ela decidiu que queria ajudar a família e foi em busca de serviço. Foi a primeira mulher a passar num concurso público para trabalhar com limpeza de rua. Casada e com dois filhos ela fala do orgulho do trabalho que tem. “Sempre quis ajudar minha família e não me preocupei com a profissão. Sempre quis ser valorizada. Trato minha profissão com honra”, disse Josiane.
Outro ponto abordado por ela foi que muitas mulheres passam anos lutando por direitos e valorização e hoje em dia algumas outras mulheres colocam tudo a perder vulgarizando a verdadeira imagem da mulher. Josiane ainda ajuda o marido como servente de pedreiro nos fins de semana. “Meu marido é pedreiro e sempre que ele trabalha fim de semana eu vou ajudá-lo. Não tenho vergonha. Minha família está em primeiro lugar”, contou. O dia 8 de março passou a ser um marco do triunfo feminino, porém, é no dia-a-dia que as mulheres confirmam a conquista do seu espaço e da independência na sociedade. Sua liberdade é adquirida progressivamente, tanto é, que se observa nas suas próprias ideologias e atividades exercidas, atividade estas que por vezes, eram executadas somente por homens. “É muito importante que o Dia Internacional da Mulher seja lembrado por todos, sobretudo, pelo poder público. Não podemos perder a referência. É um dia para comemorar conquistas de séculos de lutas das mulheres. Mas é também um dia para reflexão e continuação de lutas por novos espaços, direitos iguais, pelo fim da violência e discriminação”, afirmou a prefeita de Guaçuí, Vera Costa.
COMO TUDO COMEÇOU
No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, na cidade norte-americana de Nova York, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
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