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Escultura do índio Arariboia será restaurada no clube Saldanha da Gama
A escultura do índio Arariboia, monumento de valor histórico e artístico na capital, será restaurada pela Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), a partir da próxima semana. A peça em bronze está em estado de conservação regular, com pichações no pedestal de granito, sem os arcos e a flecha, e necessita de restauro por causa dos atos de vandalismo.
Nesta quinta-feira (13), a escultura do índio foi transferida da praça Américo Poli Monjardim, situada à avenida Beira-Mar, para as dependências do Clube de Regatas Saldanha da Gama, onde será feito todo o processo de recuperação desse patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade.
"O público poderá acompanhar as etapas desse processo. Foi contratado um restaurador capaz de emitir um laudo informando como encontrou o monumento e o resultado final", informou a gerente de Patrimônio Histórico-Cultural da Semc, Fernanda Bellumat.
Plano
Ela elaborou um plano de restauro de 56 esculturas e monumentos urbanos de Vitória, a fim de desenvolver um amplo trabalho de preservação desse acervo. As principais necessidades das obras urbanas são limpeza, laudo sobre a condição física e o restauro para revitalização desse patrimônio.
Esta será a segunda vez que a escultura será restaurada. A primeira foi em dezembro de 2012, feita pelo escultor Jânio Leonardelli, o mesmo que fará a restauração completa em 2014. Desde o ano passado, após três meses de conclusão do trabalho de restauro da pátina, a peça já apresentava as marcas deixadas por vândalos.
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Peça em bronze precisa de restauro por conta dos atos de depredação
História
De autoria do escultor italiano Carlo Crepaz (viveu de 1919 a 1992), a estátua de bronze retrata a figura de um índio guerreiro. Criada no período de 1950, sob uma encomenda do governador Jones dos Santos Neves (1951 a 1955), em tamanho natural assentado de tanga sobre pedestal de granito cinza, apontando seu arco e flecha para a baía de Vitória.
A história desse monumento envolve o apelo popular, já tendo sido tema de marchinha de Carnaval em 1963, pedindo a permanência da estátua na avenida Beira-Mar. Desde então, a escultura ficou lá. No final da década de 70, o índio foi retirado daquele local durante a administração do prefeito Crisógono Teixeira da Cruz e foi levado para um aterro da Comdusa, na Enseada do Suá. Depois de novas pressões populares e de intelectuais da época, o índio voltou para a avenida Beira-Mar.
Com edição de Matheus Thebaldi
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