por Sílvia Magna - Com informações da Sedu
27/05/2013 11:25
Assinatura do convênio.
A solenidade começou com o Hino Nacional interpretado por um grupo de alunos do Mepes e, em seguida, uma apresentação simbolizando a importância das iniciativas que mantêm a população rural no campo.Primeiro governador capixaba a visitar uma Escola Família Agrícola, Renato Casagrande falou sobre a importância de se investir no campo, seja na infraestrutura ou na educação: “As EFAs do nosso Estado são referência para todo o País na oferta educacional direcionada para o campo, com a filosofia de levar o conhecimento aos produtores rurais e a seus filhos,fortalecendo a agricultura familiar. Por isso, continuar investindo nisso é tão importante e,este ano, estamos quase dobrando o valor do convênio, se compararmos ao ano passado",enfatizou o governador.
O superintendente do Mepes, Idalgizo José Monequi, explicou aos persentes o regime da escola, que é o da A Pedagogia da Alternância, que consiste numa metodologia de organização do ensino escolar que conjuga diferentes experiências distribuídas ao longo de tempos e espaços distintos, tendo como finalidade uma formação profissional. Os alunos passam 15 dias na escola e 15 dias em casa, com a família. Também reconheceu que o Governo Casagrande tem se dedicado às políticas para a população rural. “O convênio vem crescendo ano a ano", discursou Idalgizo. “E é importante destacar que é a primeira vez que um governador do Estado, em toda a história do Mepes, se desloca da Capital para visitar uma Escola Família Agrícola. Essa é uma demonstração de carinho e atenção que o Governo Casagrande destina para o desenvolvimento do campo”, completou o superintendente do Mepes.
A Aluna da Escola Agrícola, Juliana, defendeu a importância da instituição e pediu mais investimentos para que novas ampliações sejam feitas e que este projeto fosse garantido em sua continuidade. Reivindicações que foram endossadas pelos demais parlamentares e lideranças presentes à solenidade. As unidades oferecem educação escolar nos anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio Integrado à Educação Profissional e cursos técnicos subsequentes para cerca de 2.200 estudantes camponeses, todos os anos. Os cursos são nas áreas de agricultura, turismo e gastronomia. O prefeito de Anchieta, Marquinhos Assad discursou sobre a importância de se investir em educação e reiterou a parceria da administração municipal com o Mepes.
Escolas Família Agrícola (EFAs)
As EFAs surgiram na França, em 1935, e chegaram ao Brasil pelo Espírito Santo, em 1969, quando a Pedagogia da Alternância foi introduzida no município de Anchieta, no distrito de Olivânia.
Pedagogia da Alternância - O que é?
A vida no campo também ensina. Esse é o preceito básico da Pedagogia de Alternância, proposta usada em áreas rurais para mesclar períodos em regime de internato na escola com outros em casa. Por 30 anos, a receita foi aplicada no Brasil por associações comunitárias sem o reconhecimento oficial. Agora, o Ministério da Educação (MEC) não apenas aceitou a Alternância como também quer vê-la ainda mais disseminada.
A metodologia foi criada por camponeses da França em 1935. A intenção era evitar que os filhos gastassem a maior parte do dia no caminho de ida e volta para a escola ou que tivessem de ser enviados de vez para morar em centros urbanos. No Brasil, a iniciativa chegou com uma missão jesuíta, no Espírito Santo, em 1969.
Logo se espalhou por 20 estados, em áreas onde o transporte escolar é difícil e a maioria dos pais trabalha no campo. Os alunos têm as disciplinas regulares do currículo do Ensino Fundamental e do Médio, além de outras voltadas à agropecuária. Quando retornam para casa, devem desenvolver projetos e aplicar as técnicas que aprenderam em hortas, pomares e criações.
Até 1998, os estudantes que se formavam nessas instituições ainda precisavam prestar um exame supletivo para conseguir o diploma, mas no ano seguinte o regime foi legitimado pelo MEC. Hoje, são 258 escolas com pelo menos 20 mil estudantes em todo país - e índices de evasão baixíssimos . O diretor de Educação para Diversidade do ministério, Armênio Bello Schmidt, é um entusiasta da modalidade. "Enfrentamos problemas para transportar alunos de áreas afastadas para o centro e muitas vezes eles não querem isso", diz. Schmidt afirma que mais escolas vão adotar a Alternância nos próximos anos, já que há a fila de espera por vagas.
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