terça-feira, 25 de março de 2014

Prefeitura orienta comerciantes de pescados e palmito


A Vigilância Sanitária da Prefeitura de Vila Velha vai realizar no próximo dia 26 (quarta) um seminário sobre as boas práticas no comércio de pescados e palmito. O evento é direcionado aos comerciantes que se dedicam à venda destes produtos, tendo como objetivo orientá-los quanto ao manuseio correto, higienização e conservação desses alimentos, aumentando a qualidade do produto para o consumidor final.

No ano passado, também nessa época do ano que antecede a Semana Santa, um seminário similar foi oferecido aos comerciantes e, atendendo a sugestões dos mesmos, o evento está sendo adotado como prática da Vigilância Sanitária.

O encontro será no auditório da Secretaria de Saúde pela manhã, às 9 horas, do dia 26 de março. A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Vila Velha fica na Rua Castelo Branco, 1802, Centro, no prédio da antiga Faculdade Metodista, bem próximo ao Hospital Antônio Bezerra de Faria.

Vistoria no comércio

A Vigilância Sanitária de Vila Velha vai intensificar a fiscalização nos comércios que vendem palmito, peixes e mariscos no município a partir da próxima quinta-feira (27), um dia após a realização do seminário.

A primeira visita terá caráter de orientação e educação, assim como o próprio seminário pretende ser. Multas e punições poderão ser aplicadas caso sejam encontradas irregularidades na segunda visita, segundo informou a coordenadora do seminário, a médica veterinária Roberta Bastos Costa.

Além de percorrer os estabelecimentos que comercializam pescados, os fiscais irão fiscalizar também ambulantes em feiras e atender a denúncias formuladas por meio da Ouvidoria Municipal, que pode ser contatada pelo telefone 0800 283 9059. A ligação é gratuita.

As denúncias recebidas passarão por uma triagem e uma equipe de fiscais será designada para averiguá-las. “Caso se constate algum problema, o local inspecionado poderá ser notificado, ter o produto apreendido, ou, inclusive, interditado, sob pena de colocar em risco a saúde da população. Um peixe ou qualquer marisco mal conservado evolui rapidamente para o processo de decomposição. Se for consumido nesse estado pode causar danos à saúde”, explicou Roberta Bastos.

É válido lembrar que a atuação da Vigilância Sanitária Municipal é diária, mas no período da Semana Santa, quando o consumo de pescado aumenta, a fiscalização é intensificada, com o objetivo de conscientizar os comerciantes e consumidores, para preservar a saúde da população.

A médica veterinária Roberta Bastos pondera que, para ser eficaz, a população deve ser parceira nessa ação de fiscalização, denunciando irregularidades que sejam observadas nos comércios.

Produto perecível

O pescado é uma importante fonte de proteínas, aminoácidos essenciais e minerais. No entanto, é um alimento altamente perecível e um dos mais susceptíveis a deterioração. Isso se deve a vários fatores ligados a sua natureza, como pH próximo da neutralidade, elevada atividade de água, a presença de nutrientes facilmente utilizáveis por microrganismos e a prática inadequada de manuseio.

Esses produtos têm sido associados a várias doenças de origem alimentar, o que faz com que a legislação vigente, seja da saúde e ou agricultura, limite a presença de organismos patogênicos no pescado, causadores de infecção alimentar.  Por todos esses motivos, é fundamental a aplicação de práticas adequadas de higiene, desde a captura até sua comercialização, para a conservação e preservação da qualidade desse produto.

Serviço: Seminário sobre boas práticas na venda de pescados e palmito
Data: Quarta-feira (26 de março)
Hora: 9 horas
Local: Auditório da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Vila Velha. Endereço: Rua Castelo Branco, 1802, Centro, no prédio da antiga Faculdade Metodista, bem próximo ao Hospital Antônio Bezerra de Faria.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Vila Velha
Emerson Cabral e Flávia Zambrone
Tel. (27) 3388-4170 / 99747-4037


Dicas de uma compra segura


Produto fresco

O pescado deve ser comercializado preferencialmente inteiro, para que quando solicitado, seja limpo e filetado na presença do consumidor.

O pescado filetado ou em postas deverá ser exposto à venda em balcão refrigerado.

Não se deve colocar o pescado sobre folhas (verduras) para decoração, pois há risco de contaminação dos alimentos.

O peixe fresco deve ser mantido sob refrigeração ou sobre uma espessa camada de gelo, para evitar que a contaminação e/ou deterioração.

Os balcões expositores sem unidade de frio deverão ser abastecidos com gelo de água potável, em quantidade suficiente para manter a temperatura do pescado em torno de 0º C. Recomenda-se a proporção de 2 kg de gelo para 1 kg de pescado.

O acúmulo de água ou gelo indica que o balcão foi desligado ou teve sua temperatura diminuída.

O peixe fresco de qualidade possui escamas firmes, resistentes, translúcidas e brilhantes. Os olhos devem estar ocupando totalmente as órbitas. A membrana que reveste a guelra deve ser rígida e estar com os vasos de sangue cheios. E a pele, úmida e bem firme.

Logo após comprar o pescado no comércio transporte-o de forma rápida e acondicione-o sob refrigeração até o momento do preparo para consumo.

Congelados

No caso de peixes congelados, o produto só pode ser comercializado em bandejas ou sacolas. A venda a granel impossibilita o acesso a informações exigidas pelo Código de Defesa do Consumidor. Na bandeja ou sacola o consumidor deve observar a temperatura de conservação informada pelo fabricante e comparar com a do balcão.

No rótulo dos peixes embalados é preciso constar o nome do produto, nome e endereço do fabricante, lista de ingredientes, conteúdo líquido, identificação da origem, lote e data de validade e o selo de inspeção municipal, estadual ou do Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Alimentos refrigerados e congelados devem ser adquiridos no final das compras para que fiquem o menor tempo possível em temperatura ambiente.

Bacalhau

Para o bacalhau a indicação é que seja armazenado em local seco, arejado e limpo. Já o bacalhau com manchas, vermelhidão e amolecimento está impróprio para o consumo.

O bacalhau deve ser exposto à venda inteiro ou cortado em postas. Evite adquirir o produto desfiado, pois este pode ser obtido por reaproveitamento de pontas ou peças deterioradas.

Crustáceos

Para o consumo de crustáceos a orientação é que tenham aspecto brilhante e úmido, corpo em curvatura natural, pernas e patas firmes e resistentes, cheiro próprio e coloração suave.

Camarões devem ser comercializados com cabeça.

Para os moluscos a recomendação é que sejam consumidos cozidos, já que têm a característica de reter microorganismos e impurezas no seu interior. Os bivalvos (ostras e mariscos) devem apresentar a concha fechada e retenção de água limpa em seu interior.

Higiene no local de venda

O local de venda também deve ser observado pelo consumidor, que deve evitar estabelecimentos sem o Alvará de Vigilância Sanitária.

O local de venda deve estar limpo e organizado.

No caso de peixes salgados, o ambiente deve ser seco e frio.


Cuidados no preparo

Na hora do preparo, é preciso ter muito cuidado com a higiene. As mãos devem estar lavadas com água e sabão e as unhas curtas e limpas.

Procure evitar o contato entre alimentos crus e cozidos.

Os utensílios utilizados no preparo de alimentos crus devem ser lavados antes de serem utilizados no preparo de alimentos cozidos. É comum que as pessoas utilizem uma mesma tábua para cortar alimentos durante todo o processo de preparo da refeição, mas é preciso cuidar para não contaminar ingredientes que serão consumidos crus com os que estão sendo cozidos.

Tudo aquilo que for preparado e não for imediatamente consumido deve ser armazenado na geladeira em vasilhas tampadas. O alimento preparado não deve ser mantido em temperatura ambiente por mais de duas horas.


Emerson Cabral
SEMCOM / ASSESSOR
Prefeitura de Vila Velha (ES)
Telefones: (27) 3149-7923
www.vilavelha.es.gov.br

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