Brasília (27/02/2015) - Produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Goiás, Minas Gerais e Paraná — os cinco principais estados que garantem o
abastecimento de leite no país — serão beneficiados por um novo programa
do Ministério da Agricultura.
Os principais pontos do programa — cujo objetivo é aumentar a produtividade e
ampliar as exportações — começaram a ser discutidos em reunião da ministra
Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com representantes do setor
na quinta-feira (26).
“A ideia é dar continuidade ao que está dando certo e trabalhar para melhorar o
que dá para melhorar”, afirmou a ministra no encontro. “Vamos ajudar o
produtor nisso”, completou.
O programa vai contemplar pequenos e grandes produtores dos cinco estados que,
juntos, são responsáveis por 73% de toda a produção de leite brasileira. A ministra
marcou para março uma nova reunião de apresentação do pré-projeto, que
está sendo elaborado com a ajuda do SENAR, FAEMG, CNA, Viva Lácteos, CBCL,
Itambé, OCB e Confepar. Serão convidadas outras entidades interessadas na
área, como a Embrapa e o Sistema S.
O QUE PODERÁ SER FEITO1) Medidas para a erradicação da brucelose e da tuberculose no rebanho leiteiro.
2) Criação de um fundo indenizatório para eventuais abates decorridos da tuberculose
bovina, doença incurável e transmitida pelo ar. A única forma de controle é o abate.
3) Melhoramento genético do rebanho por meio de inseminação artificial e fertilização
in vitro a fim de aumentar a produtividade.
4) Fornecer assistência técnica e colocar à disposição dos agricultores pacotes
tecnológicos capazes de atender a diferentes volumes de produção.
5) Criação de novos laboratórios de análise da qualidade do leite.
6) Melhores condições na aquisição de crédito para custeio e investimento.
7) Marco regulatório para o setor.
SAIBA MAIS
O volume de leite produzido no Brasil vem crescendo a cada ano. Foram
34,4 bilhões de litros em 2013 e, de acordo estimativas do IBGE, 36 bilhões em 2014.
A produção total no país aumentou 50% nos últimos 10 anos, mas esse bom
desempenho se deve mais ao incremento do número de vacas ordenhadas do
que à melhora da produtividade, que foi ampliada em apenas 23% no mesmo período.
Em 2014, o país teve o segundo melhor desempenho da história no valor das
exportações de lácteos, com US$ 345,4 milhões, o que correspondeu a
volume de 86 mil toneladas. A cifra, porém, ainda está longe do montante de
US$ 16,6 bilhões exportados em carne, por exemplo.
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