Publicada em 24/02/2015, às 13h35
Angela Angius
A água que pinga do ar-condicionado é aproveitada para fazer a irrigação dosJardins Terapêuticos da Unidade de Saúde.
Geralmente, boas e simples ideias aliadas à criatividade resultam em soluções práticas e inovadoras. É o caso da Unidade de Saúde do Bairro República que encontrou uma forma pra lá de inusitada de aproveitar a água que pinga do ar-condicionado e fazer a irrigação dos seus Jardins Terapêuticos.
Quando em operação, o ar-condicionado retira a umidade do ambiente em que está instalado, realizando o processo de condensação, que é quando a água passa do vapor para o líquido.
Observando isso e pensando em uma maneira eficaz para reduzir o desperdício, os profissionais responsáveis pelo cultivo das plantas medicinais resolveram captar a água do ar-condicionado da recepção da unidade de saúde e armazená-la em tonéis para fazer a irrigação das plantas.
Ideia
A ideia inicial partiu da agente comunitária de saúde, Zanaide Matiazzi Pereira, e logo contagiou a todos que, utilizando antigos baldes posicionados para coletar as pequenas gotas, observaram que poderiam aproveitar o que antes era desperdiçado.
Angela Angius
A água armazenada em toneis tem proteção de telas para evitar focos de mosquito da dengue e do chikungunya.
“Com o calor intenso deste verão, o ar-condicionado fica ligado o dia todo, favorecendo o acúmulo de água nos baldes, que chega a 120 litros por dia”, esclarece Zenaide Matiazzi.
A agente explica ainda que a água coletada é suficiente para a irrigação dos jardins pela manhã e à tarde. Com as sobras é possível lavar a calçada da entrada da unidade de saúde a cada dois dias, não havendo necessidade da utilização de água tratada.
E para prevenir contra focos de mosquito da dengue e do chikungunya, mantendo também a água sempre limpa, os tonéis são devidamente tampados com telas de proteção.
Dados
De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA) sobre o consumo nacional de água no ano de 2013, a irrigação consome 72% da água brasileira, enquanto as populações urbanas consomem 9% e, a rural, 1%. Ainda segundo a Agência, uma das medidas mais eficazes para garantir água ao abastecimento humano é reduzir o desperdício na irrigação.
Os Jardins Tarapêuticos cultivados nas unidades de saúde têm o objetivo de incentivar o consumo de chás para prevenção e tratamento de doenças, além de orientar pacientes sobre o cultivo, identificação e uso correto das plantas medicinais. Contribui, também, para incentivar a jardinagem e desenvolver projetos com os servidores, resgatando o conhecimento tradicional do uso de plantas medicinais.
Informações à imprensa:
Angela Angius (aangius@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3132-5063 / 98825-1102
Com edição de Deyvison Longui
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